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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeito quita educação e contratados, mas libera apenas R$ 800 para servidores

A decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro de liberar o pagamento dos proventos dos trabalhadores do POT nesta terça-feira, 17, pegou o SINDPMT de surpresa, mas a entidade de classe espera ainda assim mobilizar a categoria para pressionar os vereadores a decidirem pela saída definitiva de Mario Tricano do cargo que ocupa liminarmente.

Anderson Duarte

A decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro de liberar o pagamento dos proventos dos trabalhadores do POT nesta terça-feira, 17, pegou o SINDPMT de surpresa, mas a entidade de classe espera ainda assim mobilizar a categoria para pressionar os vereadores a decidirem pela saída definitiva de Mario Tricano do cargo que ocupa liminarmente. “Não vejo outra saída para o funcionalismo e para o bem da cidade, que desde que começou essa perseguição contra os servidores amarga prejuízos, desemprego e queda na cadeia de consumo. Temos que lutar pela saída deste homem do poder”, disse Andréa Pacheco em entrevista a programa Jornal Diário na TV do Canal 4. A sindicalista ainda aproveitou para denunciar que mesmo com tanta necessidade e contenção de despesas e retração nos gastos públicos, a gestão Tricano segue pagando contratos milionários e contratando indiscriminadamente, ações incondizentes com o discurso de crise, ostentado pelo poder Executivo.
Desde o último dia 10 deste mês, os servidores públicos municipais encontram-se em greve geral da categoria em protesto contra o desrespeito do governo Mário Tricano com a classe, que há um ano vive o drama dos salários em atraso. A última vez que eles viram seus vencimentos depositados em conta até o quinto dia útil do mês foi em outubro do ano passado, quando o atual gestor – mesmo que por força de liminar – estava em campanha eleitoral. Depois que conseguiu votos e decisão judicial temporária a seu favor, visto que não poderia sequer ter concorrido ao pleito, o empresário do ramo hoteleiro e imobiliário parou de se preocupar com os servidores e passou a utilizar os recursos do município para quitar preferencialmente seus comissionados e fornecedores.
A greve geral da categoria foi aprovada em assembleia realizada após grande protesto que teve início na Praça Olímpica Luís de Camões e terminou em frente ao Palácio Teresa Cristina.
“Os servidores públicos municipais estão com sérias dificuldades financeiras pela falta do pagamento de seus salários, muito ao contrário do que diz essa decisão imoral proferida nesta segunda-feira. Desde mês de outubro de 2016 estamos recebendo os nossos salários com até dois meses de atraso e escalonado, e isso resultou na preda de vida de alguns de nossos servidores, sem contar no completo caos nas finanças da maioria da categoria. Por causa dessa falta do pagamento vidas estão sendo perdidas, e isso não foi levado em consideração nesta arbitraria decisão. Nossa categoria se reuniu no centro da cidade na última mobilização para chamar a atenção da população no principal ponto de comércio do município e mostrar aos empresários e comerciários, que o desrespeito promovido pelo desgoverno atual não prejudica somente aqueles que trabalham nas diversas secretarias da Prefeitura, mas a todos nós. Sem salários e benefícios, os servidores não fazem compras nas lojas, não almoçam fora e deixam de utilizar diversos serviços. Ou seja, é simples entender que enquanto Tricano e seu secretariado continuarem dando preferência em pagar fornecedores de fora do município ou resolverem apenas seus interesses pessoais, toda Teresópolis estará sendo prejudicada”, explicou Andréa em entrevista.
E a coisa piorou ainda mais com o anúncio da prefeitura emitido ao longo da tarde de ontem: “A Prefeitura de Teresópolis informa que foi depositado nas contas dos funcionários municipais ativos e inativos o valor de R$ 800,00 referente ao salário de agosto. A Prefeitura de Teresópolis informa ainda que foram quitados os salários de setembro dos profissionais do Magistério e do pessoal do Programa Operação Trabalho", diz a nota oficial do prefeito Sandro Dias. “Nós entendemos essa medida como represália contra a classe e uma afronta contra os interesses do município”, disse Andréa que ainda acrescentou que a situação dos aposentados é caótica. “Para os aposentados, a maioria pessoas idosas, está sendo complicadíssimo. Eles estão sem dinheiro para comprar remédio e passando necessidade. Muitos deles são arrimo da família, apesar da idade utilizam seus próprios salários para sustenta-la. É uma desumanidade o que esse prefeito está fazendo com os idosos, inclusive está descumprindo  uma lei federal que é o Estatuto do Idoso. Ele não tem sensibilidade, é completamente insensível”, enfatizou.
Depois que foi “eleito”, Mario Tricano deixou cair a máscara de Salvador da Pátria e convocou a imprensa para anunciar: “a partir de hoje não há como pagar mais os salários dos servidores públicos”. E a história diria que essa foi a única promessa feita pelo político no ano eleitoral que fora efetivamente cumprida ao longo do temerário mandato. “E eu queria mesmo aproveitar para convocar toda a população de Teresópolis. Acho que cada um deve sair as ruas para junto a classe tentar sensibilizar o poder público e pressionar nosso Legislativo pela saída deste homem do Poder. Toda a nossa economia está sentindo na pele a irresponsabilidade de um Chefe do Executivo que não tem nenhuma sensibilidade e segue preferindo pagar aos fornecedores dos mais diversos da administração pública do que a classe de funcionários públicos que efetivamente toca a cidade para frente. E o pior de tudo minha gente, é que hoje nós não sabemos mais nem a quem recorrer”, lamentou Andréa.
Segundo o SindPmt, no início, o problema se resumia ao dia do pagamento, o que deixava os servidores sem data certa para efetuarem o pagamento de suas contas. Posteriormente, os atrasos foram se prolongando, sendo que muitos funcionários estão há dois meses sem receber o salário. Fica comprovado através de consulta ao Portal da Transparência que o município de Teresópolis recebeu regularmente os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros, não tendo motivo para atrasar o pagamento dos vencimentos. Também é evidente que a gestão Tricano criou uma estrutura funcional caótica, com excessivo número de contratados, contratos com fornecedores absolutamente questionáveis e nenhum compromisso com o bem estar comum dos munícipes.

 

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Edição 06/12/2024
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