Marcello Medeiros
Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (25), ação envolvendo equipes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAP/MPERJ), Polícia Civil (110ª DP) e Polícia Militar (30º BPM) prendeu cinco homens acusados dos crimes de tentativa de homicídio, tortura e associação para o tráfico de drogas no Rosário, uma das comunidades do chamado “Complexo PPR”, na parte alta de São Pedro. O trabalho foi realizado após investigação para apurar um bárbaro ataque a uma moradora dessa comunidade, uma mulher que por muito pouco não morreu no ataque realizado pelo bando que teria ligação com facção criminosa do Rio de Janeiro.

“Essas pessoas são ligadas ao tráfico de drogas e torturaram uma moça residente na comunidade, a agrediram com um pedaço de madeira, porque supostamente ela teria ligação com a polícia, seria ‘x9’, o que não procede. Ela teve várias lesões, inclusive na cabeça, e quase morreu. Instauramos inquérito e, através de troca de informações, identificamos os envolvidos e deflagramos essa operação. Eles serão colocados à disposição da Justiça, vão responder por associação ao tráfico, tortura e tentativa de homicídio”, explica o Delegado Marcio Dubugras, Titular da 110ª Delegacia de Polícia.

O Promotor Uriel Gonzales, da 4ª Promotoria de Justiça, destaca a atenção a situações que coloquem inocentes em risco e a necessária resposta às ações dos bandos criminosos: “Enquanto membros da equipe da segurança pública de Teresópolis, temos absorvido essa preocupação da população e dado resposta à criminalidade. Todo o tipo de ação que venha a ser adotada por esses grupos vai ser duramente repreendida, vamos agir com severidade e firmeza, como na operação de hoje. Mesmo tendo como pano de fundo o cumprimento dos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, essa ação visa especificamente o combate à criminalidade organizada. Agimos no ‘PPR’, mas temos outras ações, outras investigações e vários focos no enfrentamento à criminalidade aqui na cidade”, pontuou o representante do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Simulacro, dinheiro e câmeras
Além do cumprimento dos mandados expedidos pelo judiciário, diante das evidências apresentadas na investigação, foram apreendidos celulares dos suspeitos, aproximadamente R$ 11 mil, dinheiro que teria sido obtido com o tráfico, um simulacro de arma de fogo e também três câmeras acopladas a lâmpadas. De acordo com a polícia, elas eram utilizadas para monitorar a entrada das forças de segurança no Rosário.
Representando o 30º Batalhão de Polícia Militar, o Major Braga destaca a integração entre os órgãos da segurança pública e a importância da participação da população para denunciar envolvidos em atos ilícitos. “Sem essa integração, dificilmente conseguiríamos chegar a esses resultados. E a população de Teresópolis também é muito importante, participa ativamente. Recebemos denúncias, apuramos, usamos o trabalho de inteligência para coibir as práticas delituosas em todas as regiões”, enfatizou, reforçando os números para denúncias anônimas: 190 e 2742-7755.


