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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Problemas se multiplicam na Upa em Teresópolis

Pacientes reclamam de sujeira, falta de remédios e infestação de insetos na Unidade

As denúncias relacionadas aos problemas encontrados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teresópolis não param. Em se confirmando a saída de Tricano da Prefeitura, seu sucessor terá problemas que vão muito além dos salários atrasados e dos problemas com valores pagos aos médicos. Além do atendimento restrito para casos de urgência e de emergência, pacientes reclamam da falta de limpeza e de higiene. Aparelhos de ar condicionado estão sem manutenção e moscas infestam leitos. Não há medicamentos para quem está internado e falta manutenção básica, o que provoca muito mofo e sujeira em áreas comuns. Vários objetos estão enferrujados e parentes são obrigados a levar roupa de cama para quem precisa ficar na unidade aguardando a esperada transferência para um dos hospitais de retaguarda. 
A jornalista Joanna Medeiros viu o problema de perto ao acompanhar seu pai que precisou passar uma semana aguardando uma vaga na rede hospitalar. Ela relata o caos que presenciou. 
“Meu pai ficou internado aqui por seis dias e vimos que a situação aqui é muito complicada. O que passamos aqui precisa ser relatado para que outras pessoas não tenham que passar pelo mesmo. A questão estrutural hoje é inviável. O mobiliário está enferrujado, as cortinas dos boxes usadas para dar privacidade aos pacientes estão sujas, rasgadas e mofadas; Banheiros imundos, aparelhos de ar condicionado com filtros sujos, o que é visível a olho nu e sinônimo de contaminação para um ambiente hospitalar”, relata.
De acordo com a jornalista, os problemas só se agravam. “Outra questão é a infestação de moscas, provocada pelo ambiente quente e pela falta de coleta do lixo hospitalar. Ficamos sabendo disso pelos funcionários”, garante.

Equipes eficientes
Apesar dos problemas, Joanna conta que as equipes não têm qualquer responsabilidade pelo quadro. “As equipes que passaram pelos plantões trataram meu pai e todos os pacientes muito bem. Eles fazem o que podem, afinal, estão sem os recursos necessários para oferecer o atendimento que os pacientews necessitam. São equipes muito humanas, sejam médicos, enfermeiros, técnicos ou pessoal de apoio. Todos enfrentam a falta de recursos e os salários inadequados. Não há quem consiga fazer um bom trabalho nessa que é a única entrada do serviço público de saúde em nossa cidade”, reconhece. 
Aguardando pela vaga de internação, que só saiu no último domingo, 1º de abril, a família também foi obrigada a conviver com a falta de medicamentos. “Também queria ressaltar que não tem remédios. Os medicamentos de uso contínuo do meu pai, que é hipertenso, diabético e que passou recentemente por uma cirurgia, foram trazidos de casa, assim como comida para os intervalos entre as refeições e a roupa de cama. A estrutura da Upa hoje é inviável. Quem é obrigado a ficar internado aqui corre risco de contrair todo tipo de infecções”, alerta. 

Todos para São Pedro
Durante a gravação da entrevista, pacientes relataram que o atendimento na unidade seguia com as restrições anunciadas em reportagens anteriores. Médicos estariam fazendo apenas uma triagem nos casos que eram apresentados e estariam encaminhando os pacientes para o Centro de Saúde Eithel Abdallah, no bairro de São Pedro.
As denúncias e questionamentos apresentados na reportagem foram encaminhados para a Prefeitura de Teresópolis – gestora da Upa – através de sua Assessoria de Comunicação, que não respondeu e nem prestou qualquer satisfação sobre os problemas listados.

 


A imagem encaminhada por familiares do paciente mostram móveis tomados pela ferrugem na Upa

 

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Edição 27/11/2024
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