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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Professora agredida em escola da rede municipal

Secretaria Municipal de Educação ameniza situação e diz que foi "um soco de leve nas costas"

Marcello Medeiros

Em nossa primeira edição após o Dia do Professor – comemorado nesta segunda-feira, 15 de outubro – infelizmente a notícia não é nada boa para a já tão maltratada classe, que, além de não ter a devida valorização por parte dos governos municipais, estaduais e federal, ainda enfrenta uma luta diária para exercer a profissão que escolheu por vocação e amor por conta do cada vez maior desrespeito e desinteresse por parte dos estudantes. Por isso, também quase que diariamente, têm sido publicadas notícias de ataques aos Mestres em sala de aula, como o caso mais recente registrado em Rio das Ostras e que teve repercussão nacional. E a violência também chegou a Teresópolis, tendo acontecido em estabelecimento da rede municipal de Educação, onde uma professora foi agredida com um soco nas costas e sofreu ataque verbal de um estudante de 13 anos. O fato aconteceu no início do mês no Centro Educacional Beatriz Silva, na Barra do Imbuí, porém não teve repercussão pela dificuldade de acesso às informações prestadas no plantão da 110ª Delegacia de Polícia. O DIÁRIO teve conhecimento do caso na semana passada, mas resolveu publicar reportagem somente após obter posicionamento oficial da Secretaria Municipal de Educação. 
Em nota, divulgada através da Assessoria de Comunicação, a SME tentou amenizar a situação envolvendo a funcionária da rede. “A Secretaria Municipal de Educação informa que, ao ser advertido por se ausentar da sala de aula, o aluno fez uma abordagem brusca à professora, deu um soco de leve nas costas dela e usou palavras provocadoras, apresentando comportamento descontrolado”.
Ainda segundo o documento, diante do fato a unidade escolar acionou a Guarda Civil Municipal e o responsável pelo estudante para acompanhá-lo até a 110º Delegacia de Teresópolis. O aluno em questão tem 13 anos e estuda no Ensino Fundamental do Centro Educacional Beatriz Silva. Ao tomar conhecimento dos fatos, a Secretaria de Educação, em suas atribuições, realizou reunião, da qual também participaram equipe técnica, a direção da escola e uma conselheira tutelar, quando a Divisão de Educação Especial recomendou que o aluno tivesse atendimento domiciliar. 
“Segundo a Secretaria de Educação, a professora disse que está tranquila e em paz, pois a questão foi resolvida. Ela só foi à delegacia porque a direção achou por bem fazer o Registro de Ocorrência. A educadora segue sua rotina de trabalho normalmente”, destaca ainda o documento encaminhado à redação do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV pela Assessoria de Comunicação da PMT.

"Eu acredito na educação", diz professor agredido
“Eu me senti muito mal, com muito medo, achando que eu ia morrer”. É assim que o professor Thiago dos Santos Conceição descreve os momentos logo após ser agredido por alunos durante uma aula de português no Ciep Municipal Mestre Marçal, em Rio das Ostras, cidade da Região dos Lagos do Rio. Em meados do mês passado, estudantes humilharam o professor enquanto ele começava a aplicar uma prova. Um vídeo gravado no local por um aluno mostrou as cenas e viralizou nas redes sociais. Na filmagem, um dos adolescentes aparece rasgando as avaliações e ameaçando o docente de morte. Até mesmo uma pochete, que atingiu o quadro branco, foi lançada na direção do professor. “Eles já vieram agitados de casa. Não sei o que aconteceu, estou até agora tentando entender o comportamento. Eu já tinha sofrido agressões antes, mas apenas de cunho verbal”, explica.
O educador conta que os alunos são indisciplinados, têm dificuldades de obedecer a comandos e costumam ser agressivos com outros professores. “Os vídeos são prova de que eu fui agredido, sofri diversos insultos e preconceito racial. Fiquei em pânico”, conta. Thiago afirma, entretanto, que não deixará de dar aulas de português por acreditar no poder da educação. “A mensagem que eu falo para os outros professores é: resistam”
Depois do episódio e da repercussão da gravação, o estudante que arremessou o objeto contra o quadro gravou um vídeo de desculpas. Ele se diz arrependido e afirma que agrediu o professor no “embalo”. O educador disse que ficou sabendo do vídeo com o pedido de desculpas por meio das redes. “Eu aceito, mas entendo desculpa como mudança de atitude. Eu quero que eles mudem”, ressalta.

 

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Edição 29/03/2024
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