Nesta quarta-feira, 30, Teresópolis recebe mais uma vez a visita do governador Cláudio Castro. Na longa agenda no município, o primeiro compromisso é uma vistoria nas obras da RJ-130. O trabalho de reconstrução da rodovia que liga nosso município a Nova Friburgo foi prometido em meados do ano passado e passou a ser executado em janeiro, serviço que há muitos anos era almejado por produtores rurais, moradores de localidades do Terceiro Distrito e turistas. Com investimento de R$ 62,7 milhões do governo estadual e DER-RJ, a recuperação dos 68,7 quilômetros da rodovia tem previsão de conclusão de 360 dias e inclui, além de novo asfalto, substituição de meio-fio, manutenção e melhorias na rede de drenagem, recomposição das defensas, sinalização horizontal e vertical e guarda-corpo das pontes. Porém, pelo ritmo que está sendo tocada a obra, tal prazo não deve ser respeitado. Em três meses, o asfaltamento chegou apenas ao quilômetro oito e alguns pontos têm sido questionados pelos usuários da rodovia.
Nesta terça-feira, 29, nossa equipe de reportagem percorreu a estrada para registrar tais demandas. Perto do quilômetro zero, região d antiga Termocel, o novo asfalto começa apenas após um quebra-molas, “surpreendendo” os motoristas que seguem sentido Teresópolis. Não há sinalização ou o prometido acostamento até o km 08. Três quilômetros antes, ainda há obras e sistema de pare e siga. Do quilômetro 08 em diante, nada da nova camada asfáltica, apenas pequenos reparos em alguns trechos onde havia grandes buracos. Em Albuquerque, lama de ruas laterais está na pista principal. “Tudo bem que teve alguns dias de chuva nesse meio do caminho, mas levar três meses para asfaltar oito quilômetros é complicado. Vão levar quantos anos para concluir essa obra?”, questiona a internauta Andréa Oliveira, em contato com nossa redação.
Das proximidades do Parque de Exposições em diante, a estrada ainda não recebeu grandes intervenções. Perto do km 20, em frente a um haras de um famoso político, parte do asfalto antigo foi removida e há um desnível na pista. Um quilômetro depois, uma espécie de “montinho de cascalho” pode danificar lataria e vidro de veículos. Há máquinas paradas fora da pista nesse trecho. No 28, já em Bonsucesso, há sinalização de possível intervenção em breve. Seguimos até Nova Friburgo, constatando que realmente os muitos anos sem a devida manutenção geraram muitos problemas. Porém, no ritmo que está sendo feita a obra, como atentou uma das muitas pessoas que entrou em contato com nossa reportagem, o prazo de conclusão vai ser muito maior do que o previsto. Outra observação importante é a falta de sinalização na pista, devido ao novo asfalto, e a falta de iluminação, fatores que podem ser causadores de acidentes. Com a visita de Cláudio Castro nesta quarta-feira, a expectativa é novos rumos sejam seguidos na execução de tão caro e tão aguardado serviço.