Quem está aguardando encomendas via Correios deve ter um pouco mais de paciência. Após diversas tentativas de diálogo e um longo tempo de espera para que a empresa solucionasse o problema com atendimento médico da região, os ecetistas paralisaram suas atividades na última quarta-feira (29), sem previsão de retorno. Até o momento, estão com as atividades interrompidas o CDD e AC Teresópolis, a AC Alto do Teresópolis.
Os trabalhadores estão há mais de 30 dias sem atendimento médico emergencial na região. A direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos havia se comprometido em resolver a questão na última semana e até o momento não apresentou solução. Segundo o diretor do SINTECT-RJ, Joás Castro, a ECT só começou a negociar com o hospital após a suspensão do serviço prestados ao Postal Saúde. “Os trabalhadores estão sofrendo. Em alguns casos precisam ir para outros municípios, o que está trazendo grandes prejuízos financeiros. Foi preciso suspender o atendimento e os trabalhadores sinalizarem com mobilização, para que a empresa fosse verificar o fato. Por quê não fizeram antes? Onde está o controle dos gastos e pagamentos? Esperamos uma resposta imediata da ECT e do Postal Saúde”, pontuou.
O SINTECT-RJ ressalta que a situação descumpre a cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho que trata da provisão de Assistência Médica e Odontológica para os trabalhadores. Uma nova assembleia para deliberar futuras ações está prevista para esta sexta-feira (01).
O problema
De acordo com o que foi apurado junto aos funcionários da empresa, em Teresópolis somente a Beneficência Portuguesa está atendendo a Postal Saúde (empresa responsável pela operação do plano de assistência médico-hospitalar e odontológica dos Correios), enquanto o convênio com o Hospital São José foi cortado e assim gerando grande insatisfação. Na segunda-feira foi informado que os trabalhadores poderiam cruzar os braços até que o plano de saúde contrate novas opções de atendimento, tanto com a reativação do acordo com o Hospital São José como também contratando o Hospital das Clínicas de Teresópolis (HCT).
O restabelecimento do atendimento médico é reivindicado pelo sindicato da categoria na região serrana, já que o mesmo tipo de problema está ocorrendo também em Petrópolis. Os hospitais São José (Teresópolis) e Santa Teresa (Petrópolis) teriam deixado de atender por conta de dívidas e divergências de valores com os Correios e a Postal Saúde, empresa que gere o plano.
A direção dos Correios havia solicitado um prazo esta segunda-feira para resolver o problema, porém nenhuma posição foi dada aos trabalhadores que naquele momento já estavam em estado de greve. Na última greve ocorrida em 2015, a agência central e as unidades franqueadas continuaram recebendo normalmente postagens e encomendas, enquanto no serviço de distribuição, carteiros pararam e apenas entregas como Sedex e telegramas foram realizadas.