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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Sindicato volta a desmentir vinda de Uber para Teresópolis

Boatos sobre cadastro de usuários e motoristas gera desconfiança entre taxistas

André Oliveira

Enquanto nas grandes cidades os taxistas lutam para acabar com o serviço de transporte através de aplicativo – o popular Uber – aqui em Teresópolis a categoria tenta se mobilizar para que a dita concorrência sequer se instale na região. Se depender do Sindicato dos Taxistas, o transporte alternativo vai continuar passando longe daqui. Informações divulgadas em emissoras locais dariam conta de um processo para inscrição de passageiros e possíveis prestadores de serviço do aplicativo aqui na cidade, o que deixou a categoria dos taxistas em polvorosa.

“Na semana passada eu recebi dezenas de ligações de taxistas que estavam preocupadas com a notícia divulgada na cidade de que estavam chamando pessoas para fazer o cadastro para trabalhar ou usufruir do Uber. Eu tranquilizei e orientei os colegas pra que recolham provas dessa divulgação pra gente fazer uma investigação sobre a fonte dessa matéria”, explica Onofre Correia, presidente do Sindicato dos Taxista de Teresópolis. “Eu não sou contra qualquer tipo de transporte, desde que seja legalizado. Veja bem, o taxista legalizado tem que ter o ponto, o alvará da Prefeitura, o aparelho taxímetro que é fiscalizado regularmente  pelo Ipem, seja na vistoria ordinária ou nas possíveis trocas de carros. A gente paga para retirar o aparelho, pra reinstalar e para aferir. Tudo é caro. Como oferecer um transporte que não dá o mínimo de segurança? Estamos transportando vida. O país inteiro corre atrás da legalização dos transportes, mas tudo que é irregular é crime. Lembro que no passado tivemos as vans que geraram polêmica e que hoje rodam normalmente legalizadas em linhas alternativas”, recorda o sindicalista. 

Concorrência desleal?

Na opinião de Onofre, além dos impostos recolhidos pelo Uber não virem para Teresópolis, o preço mais barato do serviço alternativo é consequência da falta de obrigações legais “O taxista tem inúmeras despesas. Aí vem o outro sem nenhuma dessas responsabilidades, com veículos sem segurança, e dizer que isso é transporte legal de passageiros. Com isso eles podem cobrar mais barato”, justifica.  “É como um comerciante instalado que concorre com um camelô. O táxi é um transporte seguro e sofre inúmeras fiscalizações, seja da Prefeitura como concedente ou mesmo a PM, como órgão de inspeção”, afirma. 

Onofre tranquiliza os taxistas da cidade quanto a qualquer processo de instalação do Uber na cidade. “Não há nada oficial. Nem o prefeito, secretário de Segurança, vereadores ou mesmo sindicato têm qualquer notícia sobre isso. São apenas boatos que criam e que judicialmente podem ser classificadas como perturbação do sossego, que na minha opinião é crime. Só eu recebi umas 50 ligações sobre esse assunto. Se a categoria quiser vamos entrar na Justiça para apurar de onde surgiu esse boato e qual o fundamento dele. Respeito a liberdade de imprensa mas existem leis. Sempre que nós divulgamos alguma coisa, seja um aumento de tarifa ou uma obrigação da categoria, fazemos isso com base em documentos”, garante. 

Por fim, Onofre lembra que o trabalho realizado à frente do Sindicato não possibilita qualquer tipo de remuneração. “Nosso sindicato é uma fundação sem fins lucrativos. Nem eu e nem qualquer diretor têm salários. Muitos até perguntam por que estou tantos mandatos no Sindicato. É porque ninguém quer fazer isso. Para assumir esse cargo tem que saber o que está fazendo, experiência de trabalho e vontade de lutar pela nossa categoria, oferecer serviços, crédito nos bancos, cobrar deles quanto a conservação e estado dos carros. 
A reportagem tentou contato através de e-mail com a representação da Uber no Brasil para confirmar ou desmentir a notícia, porém não houve resposta até o fechamento desta edição

 

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Edição 21/11/2024
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