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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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SINDPMT alerta para fim de recursos para pagar funcionários

Não economizou um centavo sequer com a esperada e declarada intenção de reduzir os cargos comissionados ou na contenção de despesas da dispendiosa máquina administrativa, saudou dívidas milionárias de gestões anteriores com contratos de fornecedores dos mais diversos e secou por completo a fonte de recursos do município até o final de 2017. Segundo a Presidente do SINDPMT, Andréa Pacheco, esse é o resumo da atuação do governo Mario Tricano.

Anderson Duarte

Não economizou um centavo sequer com a esperada e declarada intenção de reduzir os cargos comissionados ou na contenção de despesas da dispendiosa máquina administrativa, saudou dívidas milionárias de gestões anteriores com contratos de fornecedores dos mais diversos e secou por completo a fonte de recursos do município até o final de 2017. Segundo a Presidente do SINDPMT, Andréa Pacheco, esse é o resumo da atuação do governo Mario Tricano no seu período de atuação desde setembro do ano passado quando, já eleito, deixou de lado o pagamento em dia dos servidores e iniciou o que a sindicalista chama de “pior fase já vivida pelos servidores em toda a história do município”. O alerta agora fica para os funcionários da secretaria de educação, que amparados pelos recursos do FUNDEB até então não experimentaram tão severo atraso, mas que a partir deste mês, não mais poderão contar com tal privilégio.
A última vez que a classe viu seus vencimentos depositados em conta até o quinto dia útil do mês foi justamente em setembro do ano passado, quando o atual gestor, mesmo que por força de liminar, estava em campanha eleitoral. Depois que conseguiu votos e decisão judicial temporária a seu favor, visto que não poderia sequer ter concorrido ao pleito, o empresário do ramo hoteleiro e imobiliário parou de se preocupar com os servidores e passou a utilizar os recursos do município para quitar preferencialmente seus comissionados e fornecedores. Andrea lembrou que neste tempo, mesmo com tanta necessidade de contenção de despesas e retração nos gastos públicos, a gestão Tricano seguiu pagando contratos milionários e contratando indiscriminadamente, ações incondizentes com o discurso de crise, ostentado pelo poder Executivo.
 “Os servidores públicos municipais estão com sérias dificuldades financeiras pela falta do pagamento de seus salários. Estamos recebendo os nossos salários com até dois meses de atraso e escalonado, e isso resultou na perda da vida de alguns de nossos servidores, sem contar no completo caos nas finanças da maioria da categoria. Por causa dessa falta do pagamento vidas estão sendo perdidas, e isso não foi levado em consideração até o momento, nem pela Justiça e muito menos pelo gestor. Nossa categoria se reúne novamente na próxima quinta-feira, 09, para chamar a atenção da população e mostrar aos empresários e comerciários, que o desrespeito promovido pelo desgoverno atual não prejudica somente aqueles que trabalham nas diversas secretarias da Prefeitura, mas a todos nós. Sem salários e benefícios, os servidores não fazem compras nas lojas, não almoçam fora e deixam de utilizar diversos serviços. Ou seja, é simples entender que enquanto Tricano e seu secretariado continuarem dando preferência em pagar fornecedores de fora do município ou resolverem apenas seus interesses pessoais, toda Teresópolis estará sendo prejudicada”, explicou Andréa em entrevista.
Depois que foi “eleito”, Mario Tricano deixou cair a máscara de Salvador da Pátria e convocou a imprensa para anunciar: “a partir de hoje não há como pagar mais os salários dos servidores públicos”. E a história diria que essa foi a única promessa feita pelo político no ano eleitoral que fora efetivamente cumprida ao longo do temerário mandato. “E eu queria mesmo aproveitar para convocar toda a população de Teresópolis. Acho que cada um deve sair as ruas para junto a classe tentar sensibilizar o poder público e pressionar nosso Legislativo pela saída deste homem do Poder. Toda a nossa economia está sentindo na pele a irresponsabilidade de um Chefe do Executivo que não tem nenhuma sensibilidade e segue preferindo pagar aos fornecedores dos mais diversos da administração pública do que a classe de funcionários públicos que efetivamente toca a cidade para frente. E o pior de tudo minha gente, é que hoje nós não sabemos mais nem a quem recorrer”, lamentou Andréa.
“A gente vinha sofrendo desde 2015, mas nunca sofremos tanto. Apesar de temos feito greve, ficado sem salários, sem benefícios, o servidor trabalhava com certa paz. Agora, esse servidor sofre muito assédio moral e sem nenhuma possibilidade de negociação”, disse Andrea que também disse não entende porque frente a tantas irregularidades o judiciário não toma medidas enérgicas contra as atitudes do governo municipal, enquanto em outros municípios a situação é diferente: “É uma covardia com o aposentado, é como voltar a era da escravidão, colocar ele no poste e açoitá-lo porque ele não pode fazer greve, não vai pra manifestação porque não tem saúde boa, está sem médico, está sem dinheiro para remédio, sem comida na mesa. É muita maldade. A outra maldade é trabalhar sem receber e sob ameaças. O plano de saúde ele não paga e desrespeita ordem judicial e nada acontece. Fizemos denúncia no Ministério Público. Não dá para compreender como nada acontece”, lamenta a sindicalista.

Legendas:
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Andréa Pacheco, presidente do órgão que concedeu entrevista ao Jornal Diário na TV desta terça-feira e perguntou: “Onde está a nossa Justiça que não intervém pelos nossos servidores e ainda joga contra a cidade e os seus interesses?”

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Andréa Pacheco e Kátia Borges, do SINDPMT, convocam a participação dos servidores e lembram que se a categoria não receber seus salários, todo o município acaba prejudicado. A movimentação acontece nesta quinta-feira, 09

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Há mais de um ano convivendo com os salários em atraso, chegando a ficar dois meses sem ver nenhum centavo em suas contas, os servidores públicos municipais voltam as ruas esta semana

 

 

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Edição 23/11/2024
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