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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Temporal deixa vários bairros do Rio alagados e causa mortes

Um temporal atingiu o Rio de Janeiro no início da madrugada de hoje (15), deixando vários bairros alagados, com rios transbordando e ruas e avenidas interditadas. A prefeitura decretou Estágio de Crise na cidade à 0h25 minutos devido a ?núcleos de chuva forte a muito forte, associados à atuação de áreas de instabilidade?, o que provocou um verdadeiro caos na cidade.

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

Um temporal atingiu o Rio de Janeiro no início da madrugada de hoje (15), deixando vários bairros alagados, com rios transbordando e ruas e avenidas interditadas. A prefeitura decretou Estágio de Crise na cidade à 0h25 minutos devido a “núcleos de chuva forte a muito forte, associados à atuação de áreas de instabilidade”, o que provocou um verdadeiro caos na cidade.

De acordo com o Sistema de Alerta Rio, pancadas de chuva, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento atingiram a capital fluminense nas últimas horas. O Estágio de Crise é o terceiro nível em uma escala de três e significa chuva forte, podendo provocar alagamentos e deslizamentos de terra.

O temporal provocou a falta de luz em vários bairros do Rio e também em cidades da Baixada Fluminense. As equipes de emergência da concessionária de energia Light estão nas ruas para atender os pedidos de emergência. No entanto, encontram dificuldades por causa das inundações causadas pelo transbordamento de rios e córregos. Muitos galhos de árvore caíram sobre a rede elétrica, deixando diversos bairros sem luz.

O Rio Maracanã que não transbordava há mais de dois anos, depois que a prefeitura construiu piscinões para conter a água da chuva nas praças da Bandeira e Varnhagen, na Tijuca, voltou a transbordar. Devido ao volume de água que desceu do Maciço da Tijuca, os bairros do Maracanã e da Tijuca ficaram alagados, as garagens de vários prédios encheram de água. A Avenida Maracanã chegou a fechar.

A Avenida Brasil, a Linha Amarela, Linha Vermelha e a Rodovia Rio-Petrópolis ficaram alagadas, deixando os motoristas presos no engarrafamento. Os túneis da Linha Amarela também foram atingidos. A Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, ficou com mais de 1 metro de água de altura, deixando os motoristas ilhados.

O Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão chegou a fechar e um voo, que chegou de madrugada  procedente de Buenos Aires, foi desviado para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e outro da  cidade do Panamá foi desviado para o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte.

O rio que passa paralelo à Rua Nerval de Gouveia, entre os bairros de Quintino e Cascadura, na zona norte, transbordou. O mesmo aconteceu na Estrada do Tindiba, em Jacarepaguá. O bairro de Piedade também teve vários pontos de alagamento. O Rio Faria Timbó também transbordou, na altura dos bairros de Ramos e Bonsucesso, atingindo a favelinha da Skol, no Complexo do Alemão.

Na Lapa, na região central do Rio, uma árvore caiu na Avenida Gomes Freire, em frente ao número 380, interditando a via. Na Rua do Couto, na Penha, várias árvores caíram devido à força da ventania, que antecedeu o temporal.

A Estação de Jacarepaguá da Meteorologia registrou rajadas de vento de 69,4 quilômetros por hora (km/h). No Galeão, os ventos chegaram a 55,6 km/h e na Estação de Santa Cruz, 51,9 km/h. As sirenes de alerta do Sistema Alerta Rio foram acionadas em 76 comunidades, entre elas, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, no Complexo do Lins e no Morro do Juramento, na zona norte.

O temporal durou mais de uma hora  e somente depois das 2h30 da madrugada é que o nível dos  rios e córregos começou a baixar e a situação começou a se normalizar. Para as próximas horas, há previsão de pancadas de chuva isoladas, de intensidade fraca a moderada, segundo o Alerta Rio. 

Sobe para quatro o número de mortes provocadas pelo temporal no Rio

Uma criança morreu hoje (15) devido ao desabamento em uma casa em Cascadura, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O menino, cuja idade não foi informada pelo Corpo de Bombeiros, foi levado para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu aos ferimentos.
Ele foi a quarta pessoa a vida com as chuvas desta madrugada na cidade do Rio. Além dele, um homem de 54 anos e uma mulher de 62 anos também morreram em um desabamento de casa, no bairro de Quintino, na zona norte.
Um policial militar de 48 anos foi morto em Realengo, quando uma árvore caiu sobre o carro em que a vítima estava.

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Edição 23/11/2024
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