Maria Eduarda Maia
A Casa da Memória Arthur Dalmasso abriu no início do mês a exposição “Carta Econômica de Teresópolis, que fica aberta ao público todos os dias, das 10h às 17h. Os painéis ilustrados são de fácil entendimento, exposição que conta sobre o encontro das associações comerciais de todo o país, ocorrido na primeira semana de maio de 1945, revelando as discussões ocorridas em Teresópolis na última semana da Segunda Guerra Mundial. “A Carta Econômica foi um evento que fez proposições em todos os âmbitos da sociedade, como combate à pobreza, melhor distribuição de renda, propostas para o agronegócio, indústria e comércio. Foi algo grandioso e a nossa cidade foi palco de tudo isso”, explica o pesquisador da Casa da Memória, Rafael Corrêa, enfatizando que tal Carta gerou impacto não só para Teresópolis, mas para todo o Brasil.

Sistema S
Durante a conferência das classes produtoras, realizada no Hygino Palace Hotel entre os dias 2 e 6 de maio de 1945, completando 80 anos agora em 2025, foi criado o “Sistema S”, que contempla entidades como SESC, SENAC, SENAI, SEBRAE, SESI, SENAR, SEST, SENAT e SESCOOP, associações que prestam serviços sociais com foco em educação e desenvolvimento de diversas áreas da economia da sociedade. “Todo esse sistema não existia, então com toda essa reunião eles começaram a ver, como classe produtora do Brasil, como a gente pode contribuir com o país, com os nossos empregados. Assim, eles moldam todo esse sistema de atendimento social, lazer, treinamento, preparação de mão de obra, até para que o Brasil pudesse se industrializar melhor”, contou Rafael Corrêa. Dessa forma, todo esse importante sistema teve como seu berço Teresópolis. “Nossa cidade foi importante para que tudo isso hoje existisse. Na verdade, fomos pioneiros. Tanto o SESC quanto o SENAC começaram no Rio de Janeiro, mas quando começam a expandir, Teresópolis também é pioneira no assunto e quem recebe primeiro esses serviços”, destacou o pesquisador da Casa da Memória.

A IMPORTÂNCIA DA CASA DA MEMÓRIA
Em entrevista à Diário TV, Rafael Corrêa também enfatizou a importância de um local como a Casa da Memória de Teresópolis, que homenageia o homem público Arthur Dalmasso, desde 2009 um espaço para o resgate das memórias de Teresópolis. “Aqui é um espaço onde trazemos a memória e a história da nossa cidade. Grande parte do nosso acervo é doado, então, se alguém tiver algo, pode contribuir com a gente. Quem sabe na nossa próxima exposição o seu acervo pode estar aqui sendo exibido”, frisou o pesquisador, que é servidor público desde o surgimento da Casa, em 2009.
A Casa da Memória Arthur Dalmasso fica localizada na Praça Balthazar da Silveira, 91, na Várzea e está aberta todos os dias, de domingo a domingo, das 10h às 17h, com visitas guiadas com pessoas aptas para garantir a melhor experiência possível.




