O Brasil encerrou 2018 com saldo positivo de 529,5 mil empregos formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgado nesta quarta-feira (23) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Esse foi o primeiro saldo positivo desde 2014, quando houve geração de 420,6 mil empregos formais. Em Teresópolis o ano também fechou bem. De acordo com o Caged, entre janeiro e dezembro foram 12.061 admissões e 11.341 demissões, o que significa 720 oportunidades a mais com carteira assinada em diversas áreas. Porém, analisando os números de forma mais detalhadas, descobrimos que apenas dois setores contrataram mais do que demitiram no município.
São eles o Comércio (4.488 admissões e 4.370 desligamentos, saldo de 118 vagas) e o de Serviços – que envolve atividades como bancos, turismo, restaurantes, hospitais, postos de gasolina, serviços de consultoria e corretagem de imóveis, entre outros. Esse setor, aliás, foi o grande responsável pelo número azul no fechamento do ano de 2018: 5.842 tiveram registro na carteira profissional, enquanto 4.899 foram dispensadas, fechando então com 953 vagas. Nessa área são 3.777 estabelecimentos, que oferecem atualmente 17.207 oportunidades.
Nos outros três setores informados pelo Caged, a situação ficou ruim, principalmente para a Indústria. Nesse caso, foram cortadas 254 vagas formais (1.049 demitidos contra apenas 795 contratados), em um universo de 429 empresas Em seguida vem a Construção Civil, que reduziu 83 oportunidades de carteira assinada (314 admissões e 397 demissões). No setor de Agricultura, menos duas vagas (619 contratações e 621 dispensas. No geral, a situação de Teresópolis está bem semelhante com dos municípios vizinhos, Petrópolis e Nova Friburgo. No primeiro, saldo positivo de 251 vagas e, no segundo, 990 pessoas a mais com registro na Carteira de Trabalho.
Sem tutela do Estado nas relações trabalhistas
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse nesta quarta-feira (23), em Brasília, que é preciso retirar a tutela do Estado na relação entre empregadores e trabalhadores, ampliando a reforma trabalhista. Marinho apresentou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. “Esta administração vai acentuar as conquistas estabelecidas com a reforma trabalhista. Acreditamos que há uma necessidade de retirarmos ainda mais a tutela do estado na relação entre o público e o privado, entre os empregadores e empregados, facilitar a vida daqueles que querem empreender no Brasil, desburocratizar, permitir que um número maior trabalhador saia da informalidade”, disse Marinho. Ele citou que os trabalhadores com contratos intermitentes, temporários e aqueles que trabalham com aplicativos precisam “ser apoiados” com mudanças nas regras trabalhistas. “O modelo tradicional de carteira assinada é importante, mas temos que apoiar esse grande segmento de trabalhadores que estão em novas modalidades, inclusive na questão dos aplicativos”.