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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis: Sem obra de contenção, Corte da Barra continua representando perigo

Professora foi mais uma vítima de deslizamento de pedra. Aberta na década de 40, passagem é motivo de muita reclamação

Luiz Bandeira

A semana começou com um tremendo susto para a professora Sandra Barroso, surpreendida por um forte impacto sobre o seu veículo quando seguia pela Avenida Presidente Roosevelt em direção ao trabalho, no Colégio Estadual Lions Clube, Meudon. Ela escapou de sofrer um acidente ou uma grave lesão em consequência da pedra que atingiu o para-brisa do carro na manhã desta segunda-feira, 17, no momento em que passava pelo Corte da Barra. A profissional da educação gravou um vídeo logo depois do acidente e enviou para a redação do jornal O Diário, narrando que atrás dela vinha uma moto e ainda que se a pedra atingisse o motociclista a gravidade poderia ser maior. Indignada, a professora se manifestou com uma cobrança às autoridades: “Está mais do que na hora do prefeito Vinicius Claussen fazer uma contenção ali no Corte e evitar uma tragédia anunciada”, pontuou, informando ainda que foi até a sede da Guarda Civil Municipal e orientada a abrir uma reclamação na Ouvidoria do município. “Agora eu estou com o prejuízo e graças a Deus estou viva, mas, se não fosse no meu carro e fosse na moto que vinha logo atrás, o rapaz não estaria aqui”, denuncia Sandra Barroso. A professora cobra no vídeo providências das autoridades para conter as pedras que caem da encosta ou que se interrompa de vez essa passagem pelo Corte da Barra. Ao final do vídeo, Sandra mostra o dano que terá que consertar, um para-brisa estilhaçado pela pedra e que precisará ser substituído.

Bloco desprendido da parede de pedras caiu sobre para-brisa do carro nesta segunda-feira


Esse é um problema recorrente nesse trecho da Avenida Presidente Roosevelt, o constante deslizamento de terra, deslocamento de blocos de pedra da encosta e queda de galhos e árvores da vegetação no Corte da Barra, sobretudo na temporada de chuvas fortes, muitas vezes noticiado pelo Diário, e que muitas vezes provoca a interdição da via. Em agosto deste ano, o prefeito Vinicius Claussen fez um vídeo para publicar em suas redes sociais, onde prometeu intervenções na região em parceria com o Dnit (Departamento Nacional De Infraestrutura de transportes), atendendo solicitação do deputado federal Hugo Leal. Na ocasião o prefeito garantiu que as obras visam mais conforto e segurança para quem utiliza esse trecho da avenida. Sobre esta demanda o prefeito anunciou ainda que seria licitado o serviço em outubro para a construção de contenções no local.

Professora Sandra Barroso relata susto e revela: “Se não fosse no meu carro e fosse na moto que vinha logo atrás, o rapaz não estaria aqui”
A obra da década de 1940 visou dar mais fluidez para quem acessa a BR-495, Teresópolis-Itaipava

Rolam pedras
Em março de 2018 grandes blocos de pedras se desprenderam da encosta do Corte da Barra, causando a interdição da Avenida Presidente Roosevelt. Na época, a equipe do jornal O Diário e Diário TV entrevistou o então secretário de Defesa Civil do município, Coronel Wellington, que revelou o risco constate para motoristas que passam no Corte da Barra durante chuvas fortes na região. “Nessa área tem risco iminente, tem laudo do DRM-RJ (Departamento de Recursos Minerais), de 2012 que diz sobre o perigo iminente, não é primeira vez que acontece. Existe sim o risco, mas qual é o tamanho, não sabemos. Varia de acordo com nível de chuva. Temos que ficar avaliando o tempo todo. Por isso quando há um volume chuva muito forte a Defesa Civil está sempre presente”, enfatizou o Coronel, citando também na ocasião a necessidade de obras de intervenção.

Dulcimar diz que tem medo, mas precisa passar pelo Corte mesmo correndo risco

Pedestres com medo
Nesta segunda-feira, 17, a equipe do jornal O Diário e Diário TV foi até a Barra do Imbuí e entrevistou alguns pedestres que revelaram temer passar pelo local. “Eu sempre passo por aqui, tenho medo, mas vou fazer o quê? Tenho que passar. Eu já vi pedras caídas aqui por duas vezes”, relatou a autônoma Dulcimar. “Eu tenho medo que caia pedra sim, é uma questão de segurança. Eu de vez em quando passo aqui e quando eu trabalhava na Barra, vi pedras caídas no meio da rua”, relata Vanessa, moradora da Serra de Itaipava. Selma, moradora da Barra do Imbuí, passava com o esposo e disse que eles passam todos os dias pelo Corte da Barra. “Eu nunca presenciei, mas a gente sabe que caem pedras e galhos, na época de chuvas é mais perigoso, é necessário fazer uma contenção aqui”, alerta a pedestre. Durante a produção enviamos um pedido de posicionamento da prefeitura, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno aos questionamentos encaminhamento para a Assessoria de Comunicação da PMT.

Vanessa disse que já presenciou pedras caídas da encosta na via

Selma pediu que seja construída contenção pela segurança de todos
Edição 23/11/2024
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