Nesta terça-feira, 22 de dezembro, quando diversos bairros registraram problemas devido ao primeiro temporal de Verão, moradores de uma localidade em São Pedro voltaram 18 anos no tempo: Exatamente na mesma data, em 2002, dois grandes escorregamentos de terra atingiram residências e mataram oito pessoas no Perpétuo, entre elas cinco crianças. Mais de 100 pessoas ficaram desabrigadas só nessa comunidade, além de outras duas mortes registradas na Granja Guarani e muitos problemas registrados em Teresópolis.
A primeira chuva aconteceu por volta de 12h, durando menos de uma hora. Por volta de 15h, começou a chover forte novamente em Teresópolis, em todo o município. Como o Paquequer já estava cheio, pouco tempo depois transbordou e alagou todo o Centro. Mas o pior não foi a enchente: As barreiras e deslizamentos de terra aconteceram em diversos bairros. No final da tarde, por volta de 17h, um forte barulho assustou moradores de praticamente todo o Bairro de São Pedro. Logo em seguida, outro na mesma proporção. Na Rua Zenóbio da Costa, Perpétuo, haviam acabado de cair duas barreiras, derrubando dez residências e deixando vítimas fatais e parciais. As quedas de barreira aconteceram quase que simultaneamente e bem próximas, interditando totalmente a Zenóbio da Costa. Na ocasião, o pintor Antonio Carlos relatou ao jornal: “Estava acontecendo um aniversário em uma daquelas casas. Uma amiga minha morava ali e só escapou porque foi até a Igreja Serra dos Órgãos. Segundo informações de populares, as pessoas que estavam no suposto aniversário ficaram assustadas com um barulho forte e foram para outra residência, onde acabou acontecendo o segundo deslizamento”.
Naquele temporal, a Secretaria Municipal de Defesa Civil registrou 150 ocorrências, entre barreiras, deslizamentos de terra, alagamentos, quedas de árvore e outras. Os maiores problemas aconteceram no Perpétuo. Outros bairros que também foram bastante afetados estão Santa Cecília, Rosário, Jardim Meudon, Meudon e Granja Guarani. Para dar conta de tanto serviço, a Defesa Civil teve que contar ainda com a ajuda dos agentes voluntários.