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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Três setores em queda em Teresópolis

Somente duas áreas registraram mais contratações do que demissões no mês de março

Marcello Medeiros

Dados divulgados esta semana pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, setor do Ministério do Trabalho que faz o acompanhamento do número de vagas formais no país, mostram que o terceiro mês do ano fechou com mais contratações do que demissões em Teresópolis. Porém, a apesar do número positivo de modo geral, a situação não é das melhores: Dos cinco setores analisados, apenas dois, o de Serviços e o de Agronegócios, não fecharam no vermelho. E o de Serviços foi o grande responsável para que, no final, o número de oportunidades de trabalho com carteira assinada fechasse com saldo de 81 vagas. Em março foram 1.142 admissões e 1.061 desligamentos. Também segundo o Caged, no mesmo período na Região Serrana, somente Teresópolis não fechou o último mês do primeiro trimestre no vermelho. Em Nova Friburgo foram fechadas 100 vagas formais e, em Petrópolis, esse número chegou a 292. As realidades de tais municípios são muito diferentes. Enquanto Teresópolis tem hoje 6.985 empregos formais (em um universo de 32.674 empresas), em Friburgo são 49.799 (divididos em 10.447 firmas) e Petrópolis 63.065 (em 13.667 estabelecimentos).
Em março em Teresópolis, o setor de Serviços – que envolve atividades como bancos, turismo, restaurantes, hospitais, postos de gasolina, serviços de consultoria e corretagem de imóveis, entre outros, contratou 618 pessoas e dispensou outras 457, fechando o mês com 161 vagas de saldo. Já o Comércio, segunda grande área no município, demitiu 374 e admitiu apenas 328, cortando 46 vagas com carteira assinada. O terceiro em número negativo foi a Construção Civil, que reduziu 38 oportunidades (63 demissões e 25 contratações apenas). Foram analisadas ainda a Indústria (89 admissões e 94 dispensas) e Agronegócios (77 contratações e 73 demissões).

"Movimento da sazonalidade", diz secretário
O aumento do desemprego formal em março em todo o país é, segundo técnicos do governo, uma postergação das demissões que costumam ocorrer no mês de fevereiro. De acordo com o secretário de Trabalho da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, trata-se de um "movimento natural da sazonalidade", em função das contratações de fim de ano. “Ao que parece, os empresários seguraram mais os trabalhadores, até pelo carnaval, que foi no mês de março”, disse.
Números do Caged apontam que o mercado formal de trabalho apresentou um saldo negativo de 43.196 empregos com carteira assinada em março de 2019. O saldo é resultante de um total de 1.216.177 admissões e de 1.304.373 demissões no período. O resultado negativo não frustrou as expectativas do secretário. “Não frustra porque é um movimento natural da sazonalidade. Mês passado tivemos um volume de contratações muito acima das expectativas, inclusive do mercado. Com isso, na média entre os dois meses, o crescimento do número de postos gerados está em linha com o que se esperava”, disse Dalcolmo durante a coletiva na qual foram apresentados os números.
Em fevereiro, o saldo do número de vagas formais havia ficado positivo, com 173.139 admissões (1.453.284 admissões e 1.280.145 demissões). Com isso, no acumulado do bimestre (fevereiro/março), o saldo está em 129.943. A expectativa do secretário é que, com o crescimento da economia, “que ainda não é forte mas tende a se acelerar ao longo do ano” – e com a aprovação reforma da Previdência -, a situação melhore nos próximos meses.  Segundo o secretário, abril costuma ser um mês “bastante positivo” devido às contratações para o Dia das Mães.

 

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Edição 26/11/2024
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