Maria Eduarda Maia
Com 70 anos e com muita disposição, o ultramaratonista Delino Tomé, morador da Barra do Imbuí, continua sua longa jornada até João Pessoa, na Paraíba, estando na estrada desde o dia 25 de maio. Atualmente, o “mineiro teresopolitano” está atravessando o Espírito Santo, a caminho de Linhares, ainda no estado capixaba, para depois seguir em direção a Salvador. São 2316 quilômetros de distância até a cidade nordestina, percorrendo todo esse trajeto sozinho, apenas com sua mochila e seu banner que contém todas as informações sobre seu projeto social, contribuindo com instituições de caridade em Teresópolis. “A maior parte é ‘estradão’. Normalmente a mochila pesa uns 20 kg porque são três litros de água e os alimentos”, relatou Delino em um vídeo enviado para a nossa redação, a qual está acompanhando o seu trajeto a partir dos registros enviados pelo teresopolitano. “Aqui tenho que ter a reposição adequada para não faltar nada porque normalmente de uma cidade para outra a base é de 30 a 40 quilômetros, com algumas chegando até 50 ou 60 quilômetros. Então a gente vai se suprindo, carregando peso”, contou.
A previsão para completar esse longo trajeto e chegar nas terras paraibanas é de um pouco mais de um mês, como contou o ultramaratonista em entrevista à Diário antes de começar sua caminhada. “É bastante chão, uma distância que nunca realizei na vida. Creio que eu consiga chegar em algo em torno de 30 a 35 dias”, disse Delino.





Superação
Por ser um trajeto extenso e que demanda do rendimento do atleta, Delino Tomé diz que essa grande aventura é uma superação. “Estou fluindo bem dentro das condições possíveis. Falo que é superação porque não é para qualquer um fazer o que estou fazendo aqui. O grau de dificuldade é grande. São 35 dias na estrada”, declarou o atleta, que já realizou diversas maratonas, mas nenhuma comparada a essa no quesito de distância.
Nobre causa social
Além da determinação para realizar essa e outras maratonas, Delino, nascido em Varginha, Minas Gerais, mas que é morador de Teresópolis desde meados dos anos 70, não deixa em nenhum momento de mencionar a nobre causa social que carrega consigo por anos, que tem como objetivo ajudar instituições de caridade do município. “Agradecemos aqueles que estão contribuindo com as associações carentes, pessoas que precisam. Você pode contribuir com o que sente em seu coração. Agradeço a todos e aos meus amigos, que estão ajudando porque está sendo algo de grande importância aqui na estrada”, disse Tomé em um dos seus vídeos de relatos da viagem.