Marcello Medeiros
Se na história recente do município um prefeito anunciou a possibilidade de retirar todas as árvores do canteiro central da Reta, com o objetivo de “modernizar o município”, esta semana a equipe do interino Pedro Gil deu exemplo diferente e mostrou que a preocupação com as nossas futuras gerações vai além de uma suposta modernidade. Nesta terça-feira, 05, Dia Mundial do Meio Ambiente, foi divulgada uma excelente notícia para aqueles que trabalham por um mundo diferente e para que Teresópolis não perca sua característica: Trinta mudas de ipê amarelo estão sendo plantadas no trecho da Avenida Lúcio Meira entre a antiga Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima e o supermercado Regina, na Várzea. A ação é resultado de doação feita por empresário da cidade e vai contribuir com fauna, flora e logicamente embelezamento da região central do município.
“Essa iniciativa contribui para padronizar o jardim do canteiro central. A expectativa é que, na época da floração, a avenida ficará muito bonita. Nosso agradecimento ao empresário João Marcos Carreiro, que está colaborando com o embelezamento da cidade”, destacou Beto Rosa, secretário municipal de Serviços Públicos. Na semana passada, o mesmo empresário doou material, que foi entregue à Prefeitura pelo seu gerente, Demétrius Brisson, para auxiliar na varrição do centro da cidade.
Encontrado em quase todas as regiões do Brasil, o ipê-amarelo (Handroanthus albus) se destaca bastante quando floresce. Em 2016, O DIÁRIO registrou a floração de alguns exemplares plantados na própria Lúcio Meira, entre Calçada da Fama e Duque de Caxias, e as fotografias reproduzidas em nossa página na rede social Facebook tiveram milhares de compartilhamentos e bateram as 100 mil visualizações rapidamente.
A beleza dessa espécie sempre chamou a atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Tanto que, em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo como a “Flor Nacional”, virando árvore símbolo do nosso país. Outros nomes populares para árvore são aipê, ipê-branco, ipê-mamono, ipê-mandioca, ipê-o uro, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipê-da-serra, ipezeiro, pau-d’arco-amarelo, taipoca ou apenas ipê.
Ela pode atingir 30 metros de altura e 60 centímetros de diâmetro, e é caducifólia, ou seja, perde todas suas folhas. Essa fase geralmente acontece próximo da floração, no final do inverno. A frutificação ocorre entre setembro e fevereiro, dependendo da região, e as árvores cultivadas começam a se reproduzir com três anos. Ou seja, a expectativa é que a partir de 2021 nossa região central passe a ficar ainda mais bonita no mês de agosto.
A origem do nome
Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho. Além da beleza, eles também são conhecidos pela resistência e durabilidade de sua madeira. Dessa forma, os ipês foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII.
Limpeza das estradas rurais
A Secretaria de Agricultura iniciou a semana dando continuidade aos trabalhos de manutenção das estradas rurais. Roçada e capina das margens das vias são realizadas para melhorar a visibilidade dos motoristas e a passagem dos pedestres. “Atendemos as comunidades de Baú, em Santa Rosa, e Morro do Tatu, em Andradas – no sentido de Santa Rita. Sebastiana também recebeu nossas turmas de manutenção. Procuramos levar os serviços da Prefeitura ao maior número possível de localidades, de acordo com a programação diária e o número de funcionários que temos”, destaca Zezinho Ferreira, secretário de Agricultura.