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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Uma única rua fechada, trânsito caótico em várias outras

Longa interdição da Oscar José da Silva complica tráfego na região central do município

Marcello Medeiros

O recorrente problema no sistema de manilhas da Rua Oscar José da Silva, que liga os bairros de Pimenteiras e Panorama, gera muito mais do que o fechamento de uma única via. Com a sua interdição desde a última segunda-feira, o trânsito tem ficado caótico em toda a região central do município, visto que motoristas que utilizavam o trecho como atalho entre várias comunidades são obrigados a atravessar avenidas como Lúcio Meira, Feliciano Sodré e Presidente Roosevelt. Entre os veículos que não passariam por tais locais não fosse o bloqueio da passagem, estão as grandes viaturas do 16º Grupamento de Bombeiros Militares. Para um atendimento na Tenente Luiz Meirelles, por exemplo, os resgatistas precisam atravessar toda a Rua Guandu, pegar a Dr. Oliveira, Presidente Roosevelt, Heitor de Moura Estevão e a Reta… Todo esse trajeto aumenta em mais de dez minutos, em um dia de “trânsito bom”, a demora para o início de um atendimento médico – tempo que pode ser essencial para salvar uma vida.
Nos primeiros horários da manhã, almoço ou finais de tarde, dirigir tem sido um verdadeiro exercício da paciência em Teresópolis. Nesta quinta-feira, estivemos no local da obra realizado pelo governo municipal. Aparentemente, está em fase final a substituição das manilhas danificadas por uma rede de maior potência de captação das águas das chuvas e esgotos. Outro motivo para a dificuldade na conclusão é que bem ao lado da rede pluvial passam sistemas de empresa de telefonia, impedindo movimentos bruscos da retroescavadeira, por exemplo.
Através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, a Secretaria de Serviços Públicos informou que a intervenção emergencial na rede de drenagem deve estar totalmente concluída nesta sexta-feira: “Mais de 15 manilhas precisaram ser substituídas. O conserto da rede já está solucionado, cabendo à empresa de telecomunicações OI deslocar a fiação para os funcionários municipais concluírem o serviço de aterramento do solo para posterior asfaltamento da área.  Logo que isso for feito, o trânsito será normalizado”.
Bem perto dali fica uma alternativa para desafogar o trânsito da Oscar José da Silva e que poderia ser utilizada independente de momentos como o atual e até para agilizar o atendimento do Corpo de Bombeiros. Um pequeno trecho entre as ruas Guandu e Professora Carmem Gomes, bem atrás do quartel do 30º Batalhão de Polícia Militar, poderia ser melhorado e colocado como opção de ligação entre Alto e Pimenteiras/Barra, evitando que aqueles que precisam fazer esse itinerário tenham que atravessar as grandes e movimentadas avenidas da região central. A viagem seria mais rápida e a utilização dessa rota alternativa também serviria para desafogar o cada vez mais caótico trânsito da Várzea.
Porém, a citada via está novamente em estado de completo abandono. Chegou a ser recuperada parcialmente em outro momento de interdição da Oscar José da Silva, mas hoje está repleta de buracos e grandes canaletas abertas pela chuva, que deixam ainda expostas pontiagudas pedras, e com vários pontos onde só é possível passar um veículo por vez. Nesse caso, são dois os motivos: O crescimento da vegetação e o descarte irregular de lixo.
No ano passado, com a construção de um condomínio vizinho aos quarteis da PM e Bombeiros, com terreno fazendo limite com a via pública, grandes montanhas de resíduos de todo o tipo foram retiradas e a área utilizada pelos criminosos cercada com arame farpado. Porém, a medida não foi suficiente para evitar contínuas ações de pessoas que desrespeitam o meio ambiente e não servem para viver em sociedade. Com a cerca impedindo a utilização de um lado da via, os bandidos passaram a descarregar as montanhas de lixo doméstico, restos de obra, móveis e eletrônicos em plena passagem de veículos.
Importante lembrar que par quem despeja em via pública ou em terrenos baldios a multa equivale a R$ 1.000,00 e pode dobrar em caso de reincidência e a fiscalização é feita pela a equipe do Controle Urbano. Além disso, os donos dos terrenos também são responsáveis pela preservação do seu patrimônio e são obrigados a cercar e murar, ficando sujeito às penalidades da lei, que no caso são 500 UFIR. Para denunciar a situação ao poder público não é necessário informar seus dados. Basta ligar para a Secretaria Municipal de Ambiente (2742-7763), Secretaria de Posturas (2742-8445) ou Ouvidoria Municipal, pelo telefone 0800 282 5074.

 

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Edição 21/12/2024
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