Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
A Polícia Militar do Rio (PM) informou que começa na próxima segunda-feira (6) o mutirão para reavaliar cerca de três mil policiais militares que se afastaram da atividade-fim por motivos psiquiátricos ao longo dos últimos anos. Depois de examinados por psiquiatras das Juntas de Inspeção de Saúde Especiais, os policiais serão encaminhados para o Programa de Acolhimento e Promoção de Saúde Mental para Policiais Militares.
A medida pedindo a reavaliação médica foi feita pelo interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, em decreto publicado na última quarta-feira (1º) no Diário Oficial do Estado, que determina a reavaliação dos policiais militares afastados por questões psiquiátricas. Segundo o decreto, “houve aumento considerável no número de afastamentos por razões de saúde afetas à área de psiquiatria de policiais militares das atividades-fim da corporação”.
Dez oficiais médicos das Forças Armadas foram designados pelo Gabinete de Intervenção Federal para o processo de reavaliação psiquiátrica. Com o reforço desses profissionais, foram formadas quatro juntas de inspeção e uma junta de recursos, com a finalidade de atender a casos em que o policial avaliado não concorde com o resultado do laudo. As juntas serão compostas por psiquiatras da Polícia Militar e das Forças Armadas e médicos peritos.
Em nota, a Polícia Militar informa que a previsão é de que sejam feitas por dia em torno de 30 avaliações e que, até o final deste ano, a processo esteja concluído. No primeiro dia, serão reavaliados os primeiros 32 policiais afastados da atividade-fim. Desse grupo de 3 mil policiais, cerca de 80% estão afastados do serviço por licença de tratamento saúde expedida pela área de psiquiatria da corporação. O grupo restante está classificado na categoria Apto C, ou seja, policiais que não podem portar armas, mas estão liberados para desempenhar funções administrativas.
O mutirão de reavaliação faz parte de um conjunto de ações que vem sendo adotado para melhorar o quadro de saúde da tropa. O objetivo é identificar os problemas dos policiais para encaminhá-los ao tratamento adequado a cada caso.