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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Sarampo: 11 casos confirmados em Teresópolis

Número de suspeitas em investigação no município subiu para 32 nos últimos dias

Em nota divulgada através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura na tarde desta sexta-feira (14), a secretaria de Saúde de Teresópolis informou que há 32 casos suspeitos de sarampo em investigação pela Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE). A maioria se refere a pacientes que estiveram em municípios do estado com histórico de transmissão da doença. Após a visita, esses pacientes retornaram para a cidade com sintomas e sinais da patologia.  Os exames desses pacientes foram coletados e encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN-RJ). Dos 32 casos suspeitos examinados, 11 tiveram confirmação laboratorial, sete foram descartados e 21 permanecem em acompanhamento, aguardando resultado laboratorial. Não há, até o momento, nenhum caso considerado grave ou óbito pela doença.
“Todas as medidas profiláticas e de orientação quanto à vacinação foram realizadas. Todas as medidas de bloqueio vacinal para a doença têm sido tomadas pela Secretaria de Saúde. Pode ser considerado caso suspeito de sarampo: pessoa com febre, manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que se espalham para o corpo, acompanhadas de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independentemente da idade e da situação vacinal; todo indivíduo considerado como caso suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou, ainda, história de contato com alguém que viajou para locais com circulação do vírus do sarampo no mesmo período”, explica a secretaria de Saúde.
Nesse período do ano, várias doenças podem ser caracterizadas com a existência de manchas vermelhas, tais como as transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, zika, chikungunya). A recomendação é que não haja alarde ou pânico frente a um caso suspeito. A informação é a melhor maneira de responder ao risco de adoecimento.  Portanto, buscar esclarecimento junto às unidades públicas de saúde, manter o cartão de vacinação em dia, tomar medidas de precaução comuns, tais como lavar as mãos ou usar álcool gel, usar máscara de proteção quando houver sintomas de adoecimento, além de evitar espaços confinados, tossir ou espirrar com lenços ou proteção. Essas são medidas eficazes para a prevenção de várias doenças. 
As vacinas do Calendário Nacional de Imunizações permanecem disponíveis nas Unidades de Saúde do município. A população deve se dirigir a qualquer das unidades de saúde municipais públicas para obter orientações a respeito do tema e sobre imunização. A vacina contra sarampo é aplicada de segunda a sexta, de 8h às 16h, em 17 locais, na cidade e no interior: PSFs de Albuquerque, Araras, Barra do Imbuí, Beira Linha, Granja Florestal, Granja Guarani, Perpétuo, Pimenteiras, Quinta Lebrão, Vargem Grande e Venda Nova; no Centro Materno Infantil, no Centro de Saúde da Várzea, na Unidade de Saúde Santo Antônio/Alto e nas Unidades Básicas de Saúde de Bonsucesso, Vieira e de Água Quente.  Os PSFs de Fonte Santa, Meudon e do Rosário funcionam de segunda a sexta, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 17h. Informações podem ser obtidas na Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua Júlio Rosa, 366, bairro Tijuca, ou através do telefone 2742-9883, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Morte em Nova Iguaçu
A primeira morte por sarampo confirmada no estado do Rio de Janeiro, em 20 anos, ocorreu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, região que registra o maior número de casos no estado. A vítima foi o bebê de 8 meses David Gabriel dos Santos, que vivia no abrigo Santa Bárbara, local que recebe crianças acauteladas em situação de vulnerabilidade social. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), ele deu entrada no Hospital Geral de Nova Iguaçu no dia 22 de dezembro, com quadro de pneumonia, e faleceu no dia 6 de janeiro. A confirmação da doença foi feita em duas análises de amostras do sangue de David e divulgada na noite de quinta-feira (13) pela SES.
De acordo com o secretário, Edmar Santos, este foi o primeiro óbito por sarampo no estado desde o ano 2000 e também a primeira morte do ano no Brasil: “Isso traz para a gente uma situação de bastante perplexidade, uma vez que é uma doença que tem como ser evitada. Basta que haja a vacinação, que está disponível em todos os postos. Há 20 anos a gente não tinha uma morte por sarampo no estado do Rio de Janeiro”. A subsecretária de Vigilância em Saúde, Claudia Maria Braga de Melo, explicou que o bebê não foi vacinado: “À época, quando foi feita a vacinação de rotina nesse abrigo, a criança tinha menos de 6 meses de idade. Por isso ela não foi vacinada. Teve mais duas crianças e uma cuidadora que pegaram sarampo, mas já estão curadas.” 

 

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Edição 23/11/2024
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