Policiais Civis da 10ª DP (Botafogo) realizaram, nesta terça-feira, 21, uma operação para cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão. Os alvos são endereços ligados ao estudante da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) que proferiu ameaças em redes sociais a alunos do campus da faculdade, na Urca, situações envolvendo suposto ataque terrorista que seria realizado por ele no local. “O objetivo da ação é buscar elementos que contribuam com a investigação instaurada para apurar as ameaças. Os mandados foram obtidos, nesta madrugada, no Plantão Judiciário da Capital, e estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e no município de Teresópolis, na Região Serrana”, divulgou a PCERJ.
Devido à situação, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) decidiu suspender as atividades presenciais nos campi localizados na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro, após identificar ameaças feitas por aluno da instituição. A Unirio informou, por meio de nota, que tomou conhecimento no domingo (19) de postagens de supostas ameaças realizadas por aluno da universidade. “Considerando o caráter complexo e delicado dessa situação e a emergência de ações que visem à manutenção da segurança da comunidade acadêmica e seus colaboradores, os órgãos oficiais estão sendo devidamente acionados”, afirmou a nota. Mais detalhes sobre o conteúdo das ameaças não foram divulgados.
Nas redes sociais da universidade, alunos cobraram a adoção de medidas de segurança para a retomada das atividades. “Beleza, vocês suspendem hoje, mas e depois? As pessoas estão bastante assustadas com tudo isso. Precisamos de uma posição quanto a segurança dos alunos para que tenhamos condições mínimas de voltar ao campus”, comentou um estudante. A instituição afirmou que a Reitoria comunicou o fato oficialmente à Advocacia-Geral da União (AGU), à Polícia Federal (PF), à 10ª Delegacia de Polícia Civil e ao 2º Batalhão de Polícia Militar. Internamente, foi determinada a abertura de procedimento disciplinar contra o aluno, de modo a possibilitar ao estudante a ampla defesa e o direito ao contraditório. A PF foi procurada para se manifestar sobre o fato, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se posicionado.