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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Em dois meses, 280 casos de estelionato em Teresópolis

Golpistas deixam de agir nas saídas de agências bancárias para fazer vítimas virtuais

Com o acelerado avanço tecnológico, é cada vez maior o número de serviços que podem ser realizados sem sair de casa. Basta ter um smartphone e internet em mãos para pagar contas, fazer cadastros, compras, entre outros benefícios. Porém, se fica mais fácil por um lado, pode se tornar mais perigoso por outro. Os golpistas não ficam atrás e buscam cada vez mais maneiras de conseguir dinheiro fácil, se aproveitando das informações deixadas pelos usuários em seus aparelhos de celular para realizar transferências, pagamentos ou compras. Talvez por conta dessa ampliação dos ataques virtuais, o número de casos de estelionatos é cada vez maior em Teresópolis. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), somente nos dois primeiros meses do ano foram 280 comunicações de estelionato feitas na 110ª Delegacia de Polícia. Em janeiro foram 143 notificações e outras 137 em fevereiro, um aumento de 37,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Recentemente, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV buscou a palavra do delegado titular da 110ª DP, Dr. Márcio Dubugras, sobre o aumento de golpes aplicados sobre a sociedade. “O crescimento dos crimes de estelionato dos golpes é um crescimento mundial, a tecnologia facilitou que pessoas, especialmente hackers, consigam obter informações pessoais, números de cartões, códigos de segurança, validade do cartão, isso aí facilita que as pessoas realizem esse tipo de golpe”, explicou o delegado.

O maior problema atualmente para combater esse tipo de crime é que eles agora não dependem da presença do golpista diante da vítima, como revelou o delegado. “Antigamente o estelionato era praticado de forma pessoal. O golpista ia à casa de alguém, solicitava informações como se fosse representante de um banco, informando que era um recadastramento de dados, recadastramento de senha e aí aquela pessoa era enganada e se tornava vítima de um golpe. Tinha também caso de cheques em nome de terceiros quando se falsificavam as assinaturas, são alguns exemplos”, pontuou o policial.
Dr. Márcio alerto que é preciso ter atenção redobrada em qualquer tipo de transação feita virtualmente. “Pelo menos 50% dos registros de crimes em Teresópolis são de crimes de estelionato. Por tanto muito cuidado, muita cautela, a tecnologia auxilia muito, mas as pessoas têm que estar preparadas pra evitar que se caia em um golpe principalmente acessando informações desconhecidas”. O delegado recomenda cuidado em abrir mensagens, links supostamente enviados por banco, e-mails desconhecidos e desconfiar de ofertas de prêmios. “Se você tiver um pouco de atenção vai evitar a ação criminosa, desconfie sempre, mesmo que a pessoa diga que é um parente seu e está em dificuldade financeira”, alerta, referindo-se aos conhecidos golpes que utilizam o aplicativo de mensagens WhatsApp.

Edição 22/11/2024
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