Está sendo investigado pela 110ª Delegacia de Polícia mais um caso que pode terminar com grande prejuízo para uma pessoa após conversa que teve início em uma rede social, dessa vez o Instagram. A vítima é um homem de 36 anos, que relatou ter iniciado conversa com um rapaz nessa plataforma, passando em seguida para as mensagens de WhatsApp, no último dia 11. Logo a seguir, também segundo o que está sendo apurado, o tal rapaz passou a solicitar fotos íntimas e enviar as suas. A vítima alega não ter encaminhado nada e parado de conversar a seguir, “por não compartilhar desse tipo de conteúdo”. Porém, na manhã seguinte ele recebeu a mensagem de outro telefone, também com DDD do Rio Grande do Sul, se passando por um delegado que seria titular de uma unidade de proteção à criança e ao adolescente, pedindo que ele entrasse em contato o mais breve possível, para prestar esclarecimentos, “senão estaria decretando sua prisão preventiva e cautelar, além de busca e apreensão”.
Todo o enredo já indica um possível golpe, onde o interlocutor acaba sofrendo extorsão para não ter suas imagens divulgadas, ou por supostamente ter tido alguma relação com um menor de idade. Em busca na internet, aparece reportagem do jornal O Diário do Vale dos Sinos, do Rio Grande do Sul, citando tal situação e a utilização do nome e documento de identidade falso de um delegado daquela região.
“Não é novidade que nomes e imagens de policiais estejam sendo usados por criminosos para enganar vítimas e aplicar golpes. É o que vem acontecendo com o delegado Felipe Farias Borba – titular da Delegacia de Dois Irmãos, RS – há mais de um ano; porém, nos últimos dias a situação tem se tornado ainda mais incômoda. Somente na segunda-feira (21) Borba recebeu três ligações alertando-o. ‘Primeiro uma delegada de Porto Alegre, depois um daqui, e à noite um advogado a pedido de um conhecido de Minas Gerais’, disse. Há uns dias leitores também enviaram relatos à reportagem”, publicou o jornal.
O morador de Teresópolis relata não ter sofrido nenhum prejuízo, mas preferiu comunicar o fato na delegacia local pela possibilidade de os golpistas possuírem o número dos seus documentos e data de nascimento. Todo o registro da conversa, inclusive fotos e vídeos, foi disponibilizado para a investigação. Importante frisar que não foi a primeira vez que um teresopolitano foi vítima desse tipo de situação, que prontamente deve ser comunicada às autoridades policiais.