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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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ROUBOS: Polícia identifica falsas comunicações de crimes em Teresópolis

Ocorrências têm ligação com “golpe do seguro” e supostas vítimas acabaram como autoras

Marcello Medeiros

Nos últimos dias, tem sido assunto em Teresópolis casos de roubo registrados no município. Mas, apesar de aparentemente três ocorrências na sequência, dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ), baseados no que é comunicado nas delegacias, mostram que esse tipo de delito ainda está muito abaixo do que ocorre em outras cidades de mesmo porte. Além disso, nesta quarta-feira (02), a reportagem do Diário recebeu da autoridade policial do município que boa parte das comunicações feitas nos últimos meses sequer realmente ocorreu: a Polícia Civil identificou falsos registros de roubo, realizados com o objetivo de se obter o valor previsto em apólices de seguro.
“Temos feito um trabalho intenso, a delegacia e o 30º BPM, em cima dos casos de roubo, o que se reflete nessa redução do número de registros. Trabalhamos tanto a investigação de autoria quanto do chamado ‘tombo do seguro’. Muitas vezes as pessoas comparecem à delegacia fazendo falso registro de roubo, principalmente de celular. Nesses casos vamos ao local, tentamos imagens de câmeras, testemunhas, recriamos a suposta cena de assalto, e com isso identificamos registros falsos e fizemos a prisão de pessoas por falsa comunicação de crimes”, explica o Delegado Marcio Dubugras. “Quando o caso é verdadeiro, trabalhamos no sentido de identificar e prender os autores, então é sempre questão de tempo para elucidar e tirar essas pessoas de circulação”, completa.
A comunicação falsa de crime é um crime previsto no artigo 340 do Código Penal. Consiste em informar a uma autoridade que um crime ou contravenção ocorreu, quando na verdade não se verificou e a pena para estes casos é de detenção de até seis meses e multa.  A comunicação de um delito que não ocorreu pode prejudicar a administração da Justiça, pois pode levar a um desnecessário envolvimento de autoridades, como delegacias, tribunais e Ministério Público. 

Bandidos de fora
Em relação ao roubo na Granja Guarani, na última sexta-feira, onde duas idosas relataram ter ficado reféns de bandidos por três horas, e no prejuízo em joias, televisores e outros objetos, uma das linhas de investigação é que se trata de bandidos de fora do município. Nesses casos, a Polícia pode realizar a prisão dos suspeitos em qualquer jurisdição, solicitando apoio das forças de segurança locais. “Temos conhecimento de pessoas de outras regiões vindo para cá, principalmente da Baixada Fluminense, praticando o crime e descendo. Mas há investigações em curso e, quando identificadas, essas pessoas podem ser presa mesmo se estiverem escondidas em outros municípios”, explicou o Titular da 110ª DP.

Número de roubos é baixo
Apesar de crimes que geram preocupação, é importante destacar que esse tipo de delito não é comum em Teresópolis: de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP/RJ), entre janeiro e agosto de 2024 foram registradas 19 ocorrências de assalto, uma média de 2,3 casos por mês. No mesmo período do ano passado, foram 32 – chegando então a quatro comunicações mensais.
Em todo o ano de 2023, ainda segundo o setor de estatísticas da Polícia Civil, foram 51 casos de roubo em Teresópolis, fechando o período com uma média de 4,3 ocorrências por mês. Os números são referentes às comunicações feitas no setor de plantão da 110ª Delegacia de Polícia. Não são esmiuçadas todas as ocorrências, mas há registros de assaltos em via pública, estabelecimentos comerciais e residências. Desde o início do monitoramento, o ano com mais incidências foi 2016, quando ocorreram em Teresópolis 123 assaltos, portanto 10,2 roubos por mês.
Em comparação ao furto, por exemplo, esses números são muito baixos. Roubo ou assalto é quando há algum tipo de ação que implica contra a vida da vítima, seja a utilização de arma de fogo ou branca ou mesmo ameaça de agressão, por exemplo. Já o furto é quando algo é tirado da pessoa sem que ela perceba ou não ocorre nenhuma violência. Nesse tipo de ocorrência, foram 443 comunicações em 2024 e 846 em todo o ano passado.

Edição 23/11/2024
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