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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Entre abandono e preservação: o contraste das fontes Amélia e Judith em Teresópolis

Enquanto a Fonte Amélia sofre com pichações e falta de manutenção, a Fonte Judith segue como referência de tradição e cuidado

Luiz Bandeira

Moradores do bairro do Alto, em Teresópolis, entraram em contato com a redação do Diário de Teresópolis para denunciar o abandono de duas das fontes mais conhecidas da região: a Fonte Amélia, localizada na Rua Diogo José Ponciano, e a Fonte Judith, na Rua Dona Olga de Oliveira. As queixas incluem azulejos quebrados, entupimento do encanamento, acúmulo de sujeira, pichações e até falta de segurança nos arredores.
A equipe do Diário esteve nos dois locais para verificar as condições dos mananciais, que também são considerados importantes atrativos turísticos do município.

Quatro anos depois, falta de manutenção e tratamento inadequado da população, deixaram espaço, em pouco tempo, degradado. Foto: Juliana Ludwig / O Diário

Fonte Amélia: revitalizada, mas novamente deteriorada
Revitalizada em julho de 2021 por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Teresópolis, através da Secretaria Municipal de Turismo, e a iniciativa privada — representada por uma construtora local —, a Fonte Amélia passou por serviços de limpeza e pintura, recuperação de azulejos e da rede de captação de água.

Inaugurada originalmente em 8 de novembro de 1970, a fonte homenageia Amália, uma portuguesa amiga do então prefeito Waldir Barbosa Moreira, que costumava lavar roupas no local.

Apesar da revitalização recente, a fonte voltou a apresentar sinais de abandono. Há pichações, acúmulo de sujeira no entorno e ausência das bocas de leão instaladas durante a reforma — peças que, se não foram retiradas para manutenção, podem ter sido furtadas.

A potabilidade da água, periodicamente avaliada pela Secretaria Municipal de Saúde, geralmente é considerada imprópria para o consumo. Contudo, na visita feita nesta segunda-feira (22), a equipe do Diário encontrou sinalização indicando que a água estava própria para consumo, livre de impurezas nocivas à saúde humana.

A Fonte Judith, a mais visitada de Teresópolis recebe mais atenção da prefeitura e a manutenção é constante. Foto: Juliana Ludwig / O Diário

Fonte Judith: tradição preservada e aprovada pela comunidade
A Fonte Judith é considerada uma das mais tradicionais de Teresópolis, atraindo diariamente moradores e turistas. Sua localização, próxima a outros pontos turísticos, faz com que o local receba mais atenção por parte da administração municipal — muito também graças à cobrança ativa da população.

Na visita feita pela equipe do Diário, a denúncia de abandono não se confirmou. O único motivo de preocupação é uma grade onde as pessoas sobem para beber água, que caiu oferecendo certo risco. O aposentado Délcio Viviane, enquanto abastecia seus galões, afirmou: “Não tem nada de abandono aqui, não. Tá cheio de gente pegando água e é sempre assim. Não tem problema nenhum nessa fonte. Eu aprovo.”

A história da Fonte Judith remonta ao ano de 1920, quando um comerciante do Rio de Janeiro, dono de uma casa de veraneio no Alto, testemunhou a cura milagrosa de sua filha, Judite, após ela consumir água da nascente. Em agradecimento, ele adquiriu o terreno e batizou a fonte com o nome da filha, desejando que outras pessoas pudessem usufruir da mesma bênção.

O aposentado Délcio Viviane, enquanto abastecia seus galões, afirmou: “Não tem nada de abandono aqui, não. Tá cheio de gente pegando água e é sempre assim. Não tem problema nenhum nessa fonte. Eu aprovo.” Foto: Juliana Ludwig / O Diário

Resposta da Prefeitura
A reportagem do Diário de Teresópolis entrou em contato com a Prefeitura Municipal para questionar sobre a situação da Fonte Amélia e os relatos de abandono. Até o fechamento desta edição, não obtivemos retorno às solicitações enviadas.

Edição 24/09/2025
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