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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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AIDS: Teresópolis registra 1440 casos, a maior parte entre homens

Campanha “Dezembro Vermelho” alerta sobre prevenção, diagnóstico precoce e acesso a tratamento

Luiz Bandeira

No dia 1º de dezembro foi celebrado o Dia Mundial da Consciência sobre HIV e AIDS. A campanha “Dezembro Vermelho” dedica todo o mês a conscientizar a população sobre as medidas de prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas vivendo com HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Até junho de 2023, Teresópolis registrou 1.440 casos de AIDS, com 903 homens e 537 mulheres infectados. Dentre os casos, chama atenção o número de 143 jovens entre 15 e 24 anos e 28 notificações em crianças com menos de cinco anos. A reportagem do Diário e Diário TV esteve na secretaria municipal de Saúde para conversar com a Dra. Edineia Martuchelli, da Divisão de Vigilância Epidemiológica, e com Renata Azevedo, enfermeira do Programa Municipal de Controle HIV/AIDS, que falaram sobre o trabalho realizado pela Secretaria de Saúde para atender a população soropositiva.
Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde anunciou que o Brasil atingiu uma meta importante da ONU, diagnosticando 96% das pessoas estimadas como infectadas pelo HIV que ainda não sabiam da condição até 2023. A enfermeira Renata Azevedo destacou o esforço para tornar os testes rápidos mais acessíveis. “Hoje, a proposta no combate à AIDS é a detecção precoce. Todos os testes estão disponíveis em todas as unidades de saúde e, na Vigilância Epidemiológica, também realizamos o teste para todos os pacientes. O teste leva apenas 10 minutos e, em pouco tempo, podemos tomar medidas para salvar vidas. Quanto mais rápido o diagnóstico, mais rápido o paciente tem acesso ao tratamento e vive bem”, afirmou.
Renata também ressaltou que a falta de informação ainda é um grande desafio. Ela destacou o avanço da disponibilidade dos testes rápidos, acessíveis em todas as unidades de saúde e em outros pontos onde a Secretaria de Saúde oferece condições para a população realizar a testagem com total sigilo. “Estamos ampliando a cobertura dos testes rápidos, realizando ações em praças e criando estratégias para que as pessoas tenham acesso, tornando o processo contínuo e rompendo o estigma. Garantimos o sigilo do paciente, e ele pode realizar o teste com confiança e privacidade”.

Tratamento
A Dra. Edineia Martuchelli, da Divisão de Vigilância Epidemiológica, explicou o tratamento disponível para os pacientes diagnosticados: “A partir do diagnóstico, oferecemos imediatamente a terapia antirretroviral, que antes era conhecida como ‘coquetel’. Atualmente, é um conjunto de medicamentos que potencializam a ação de cada um, até que o paciente se torne indetectável, ou seja, tenha menos de 50 cópias do vírus no sangue, o que significa que ele não transmite mais o HIV. Com o uso contínuo da medicação, ele não desenvolve doenças oportunistas e não transmite o vírus”. A Dra. Edineia também destacou que tanto a medicação quanto os exames para comprovar a carga viral indetectável são oferecidos pelo SUS. “Isso é um avanço conquistado pelo Brasil, que ajuda a reduzir a transmissão da AIDS, pois pacientes com HIV indetectável não transmitem o vírus aos seus parceiros”.
A principal forma de prevenir a contaminação pelo HIV continua sendo o uso do preservativo, mas agora a rede pública de saúde oferece uma alternativa para pessoas que preferem não usar o preservativo. A Dra. Edineia explicou o funcionamento do medicamento: “O PrEP (profilaxia pré-exposição) é uma opção para pessoas que têm relacionamentos onde, eventualmente, possam ocorrer sem o uso de prevenção. Embora o uso do preservativo seja essencial e obrigatório, o PrEP é uma medicação contínua que oferece proteção àqueles que desejam evitar a infecção pelo HIV.” O PrEP está disponível na Secretaria Municipal de Saúde, no setor de Epidemiologia.

Números no país
Atualmente, em números gerais, o Brasil tem 96% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas, 82% dessas pessoas em tratamento antirretroviral e 95% dos pacientes em tratamento com supressão viral, ou seja, com HIV indetectável e intransmissível.

Edição 18/12/2024
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