Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Alerj discute ampliação do ICMS Verde com a inclusão da causa animal

Autor da lei original questiona mudanças e diz que questão deve ser resolvida com outro projeto

A Comissão de Tributação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realizou na última quinta-feira, 01, audiência pública para debater o Projeto de Lei 4.322/21, de autoria do deputado Max Lemos (PROS). A proposta altera a Lei 5.100/07, também conhecida como “ICMS Verde”, que destina aos municípios do Rio 2,5% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a conservação ambiental. Apesar de a nova proposta ampliar o repasse público para 5%, não houve consenso sobre a proposta. O texto também prevê que o repasse do recurso passe a depender da criação de um órgão municipal de proteção animal. “Esse não é o instrumento adequado. Porque querer resolver a questão animal, dentro de uma lei complexa? Temos que encontrar outras formas de financiamento, mas não dessa forma”, afirmou o deputado Carlos Minc (PSB), autor da Lei 5.100/07.
O autor da nova proposta, deputado Max Lemos, reconheceu que o texto precisa de ajustes e se comprometeu a fazer as correções necessárias, mas defendeu o projeto. “Meu gabinete está de portas abertas para a discussão. A essência do projeto é buscar com clareza a proteção animal. Os animais silvestres estão cobertos pela lei, mas o animal doméstico não. O que estamos fazendo é ampliando a verba de 2,5% do ICMS Ecológico para 5%. O Estado tem que ser um incentivador da questão da proteção animal”, disse.
O deputado Luiz Paulo (PSD) questionou de onde virá a verba para a ampliação da alíquota.“Atualmente, 25% do ICMS são destinados aos municípios e desses, 75% é a parte fixa, ou seja, os municípios usam como bem quiserem. Então, os 25% restantes, eu chamo a parte móvel. O município terá que colocar um pedaço na Lei 5.100 e outro pedaço para cumprir o Fundeb, porque do contrário, não tem o repasse do Fundeb. Essa é uma das minhas dúvidas sobre esse projeto de lei”, esclareceu o deputado que presidiu a sessão.
O coordenador da Secretaria de Estado de Sustentabilidade, Emiliano Reis, disse que o cumprimento de todas as regras de qualificação para o recebimento do ICMS Verde por parte das 92 cidades do estado do Rio levou um tempo longo. Ele se mostrou temeroso com a criação de um novo fator habilitador. “A gente teve um ganho muito grande no sistema municipal de Meio Ambiente. Todo o município precisou ter uma secretaria de meio ambiente, um fundo de meio ambiente, um conselho e uma guarda ambiental para receber esse ICMS Ecológico. Então, isso foi um ganho nessa década. Eu vejo que qualquer alteração que a gente for fazer, tem que botar na balança. O quanto vai ser oneroso para o município criar mais um órgão para proteção animal?”, questionou o biólogo. O projeto foi aprovado em primeira discussão, mas recebeu seis emendas e foi retirado de pauta. Ele ainda precisa passar pela aprovação dos deputados em segunda votação na Casa.

Tags

Compartilhe:

Edição 22/11/2024
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

Prédio que a Prefeitura comprou e está à venda em leilão é definitivamente do Bradesco desde julho

Sítio Assunção, 95 anos de história e espiritualidade em Teresópolis

Último domingo de novembro com promoção no Parc Magique do Le Canton

Rota Serra Verde ganha reforço na sinalização

Teresópolis mais uma vez na rota da Caravana da Coca-Cola

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE