Marcus Wagner
Um grupo de ativistas ambientais deu início ao projeto que pretende recuperar as margens do Rio Paquequer no trecho da Beira Linha promovendo limpeza e revitalização da área pública aliadas a ações de conscientização. No último final de semana, representantes do Centro de Ecologia Aplicada de Teresópolis (CEAT) realizaram o recolhimento de lixo nas margens do rio e o plantio de mudas de diversas espécies nativas da Mata Atlântica como parte da iniciativa chamada “Revitalis Beira Linha”. O desafio é grande já que a situação de degradação já dura anos sem que nenhuma solução seja da pelo poder público e o descaso só aumenta.
“A primeira ação ambiental do Projeto Revitalis Beira Linha que é retirar entulhos e resíduos das margens do Rio Paquequer e plantio de mudas espécies arbóreas nativas da mata Atlântica. Essa é a etapa inicial e estamos muito felizes, nos sentimos realizados e fazemos um convite para que todos estejam junto conosco compartilhando esse momento de cidadania. O projeto é uma iniciativa da presidente do CEAT, Simone Chacon”, explicou Conrado Abrantes biólogo e sócio da entidade em vídeo publicado no Facebook.
De acordo com o que foi divulgado pelo grupo, o objetivo é promover o bem estar e saúde dos moradores daquela região, modificando a realidade dos trechos que recebem lixo para se tornarem locais de lazer para crianças e adultos, com a instalação de mobiliário urbano adequado para a criação de áreas de convivência. Também há o intuito de que toda a mata ciliar daquele trecho seja recuperada e a rua receba a instalação de uma ciclovia. Além disso, moradores também poderão ser beneficiados com reforma e pintura de casas que ficam às margens do Rio Paquequer.
Esse conjunto de ações faz parte do projeto de valorização do local, que assim pode alcançar um potencial turístico que geraria oportunidades para o desenvolvimento de atividades econômicas.
Somente para a preparação do local para receber o plantio, nos dias anteriores à atividade foram removidas duas caçambas de resíduos diversos. O problema é que muitos moradores da região já se habituaram a fazer o descarte de lixo de qualquer maneira e sem critério, assim em pouco tempo as plantas já estão novamente dividindo espaço com muita sujeira.
Nesta segunda-feira, estivemos no local e verificamos que já havia novamente um grande despejo de todo tipo de resíduos, desde o lixo doméstico, até entulhos de obras e aparelhos eletrônicos no cruzamento entre as ruas Guaporé e Beira Rio, em frente ao posto de saúde e no acesso dos moradores à Beira Linha. A situação é resultado da soma do descaso da prefeitura com a falta de cuidado da população, criando um ambiente ideal para proliferação de ratos e mosquitos que são propagadores de graves doenças.
Alguns metros à frente, a situação é ainda mais alarmante, já que uma imensa área se transformou em um verdadeiro lixão irregular, onde é feito um grande despejo e mesmo após o recolhimento ainda sobra muito entulho e todo tipo de material. Para piorar a situação, muita faz a queima de lixo. Pelo caminho podem-se encontrar pneus, restos de móveis, pedaços de vidro e entulho. Além disso, há ainda quem aproveite o abandono da região para abandonar veículos.
Quem quiser conhecer mais sobre o CEAT e o projeto Revitalis Beira Linha, basta acessar a página www.facebook.com/ecoaplicada.
Foto: Ativistas do CEAT realizaram o plantio de espécies nativas da Mata Atlântica como parte do projeto que pretende recuperar a mata ciliar da Rua Beira Rio