Moradores da localidade de Vieira, no interior do município, estão assustados após vários macacos terem sido encontrados mortos nas últimas duas semanas, alguns dentro do quintal de residências. O medo é que a causa das mortes seja em decorrência do vírus da febre amarela. Nesta quinta-feira, a assessoria de comunicação da prefeitura divulgou nota informando que está investigando a situação e que ainda não encontrou indícios da doença, mas que possui vacinas disponíveis.
De acordo com informações do repórter Paulo Vicente, o problema começou a preocupar a população de Vieira e a Secretária de Saúde quando inicialmente foram encontrados quatro macacos sem vida. Um agente da Vigilância que foi até ao local levantou a hipótese de envenenamento por agrotóxicos utilizados em lavouras, porém, ainda de acordo com o relato, as lavouras ficariam longe do local e até então nenhum caso semelhante teria ocorrido.
As fotos postadas na página de Paulo Vicente mostram os corpos de vários macacos e a informação é que seriam 11 casos nos últimos 15 dias, enquanto a prefeitura menciona oito.
Nota Oficial
De acordo com a nota divulgada pela prefeitura “a Secretaria Municipal de Saúde enviou equipe da Subsecretaria de Vigilância em Saúde à localidade de Vieira, nas proximidades da Estrada Teresópolis-Friburgo, para investigar a causa da morte de oito macacos na região. A área está sendo monitorada, entretanto, não há indícios de febre amarela”. O texto informa ainda que ”seguindo determinação do Ministério da Saúde, e para garantir a proteção da população, foi feita vacinação em massa contra a febre amarela em Teresópolis. A vacina continua disponível nos postos de saúde do município”.
Importância dos macacos
Os macacos não transmitem a febre amarela, são apenas vítimas e por isso os especialistas explicam que eles representam um alerta às autoridades quanto à incidência da doença em áreas silvestres. Eles também são vulneráveis ao vírus, e a detecção de infecções em macacos ajuda na elaboração de ações de prevenção da doença em humanos. Quem transmite a doença é o mosquito aedes aegypti, o mesmo que dissemina dengue, chikungunya e zika.
“É importante que a gente mantenha esses animais sadios e dentro do seu ambiente natural porque a detecção da morte de um macaco, que potencialmente está doente de febre amarela, pode nos dar tempo para adotar medidas de controle para evitar doença em seres humanos”, defende Renato Alves, gerente de vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial, do Ministério da Saúde.