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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Construção condenada no Panorama está sendo demolida

Desmonte da obra, a cargo da SOS Demolidora, tem prazo de 60 dias para ser feito

Wanderley Peres

Obra em risco que a prefeitura permitiu ser construída no bairro Panorama, sob frágeis pilotis e não assentada ao chão, como previsto na planta aprovada e que teve a licença cassada depois de pronta porque não foi devidamente fiscalizada pelos setores competentes da administração municipal, começou a ser demolida nesta sexta-feira, 25. O desmonte da construção de três pavimentos e que ameaça cair sobre grupo de residências abaixo, na rua Oscar Silva, está sendo realizado pela empresa SOS Demolidora, de Teresópolis, e que tem previsão de entregar o terreno limpo no prazo de 60 dias. 
 
Enquanto isso, diversas famílias seguem aguardando a desconstrução morando em hotéis ou de favor enquanto o risco permanece. Perguntada, a Prefeitura não informou a O DIÁRIO sobre o custeio das despesas que as famílias vem tendo e as providências que tomou, com relação ao descumprimento do projeto, pelo proprietário, e os prejuízos que causou, nem quanto a qualquer processo interno, para verificar as responsabilidades dos setores que deveriam ter acompanhado a construção, regularmente, parando o abuso em tempo hábil, em beneficío dos moradores vizinhos agora desalojados e do proprietário, inclusive, que amargará enorme prejuízo por sua imprudência e pela ineficiência administrativa da prefeitura, de quem poderá até pedir ressarcimento.

Casa quase pronta em três pavimentos e seria obra legal se estivesse assentada no chão e não sobre frágeis pilotis, por isso adernada

As providências para a eficiente fiscalização e as consequentes ações, que culminaram na interdição das residências em risco e a ordem de demolição da construção ameaçadora foram tomadas no pátio da tevê DIÁRIO, na noite do dia 8 de junho, depois que o prefeito soube do caso que vinha se arrastando desde março do ano passado, quando ocorreu a primeira denúncia dos vizinhos da obra ao e-ouve da prefeitura, em 11 de março de 2020, e os setores de fiscalização foram devidamente acionados, agindo de forma displicente e comprometedora. Depois de procurarem o prefeito no gabinete, e sabendo que ele estava na tevê, moradores das residências abaixo da construção em risco abordaram Vinicius depois da entrevista, relatando o episódio, que até então seria inédito para ele.

Segundo vizinhos desalojados das residências na linha de risco, desde que teve batida a primeira laje, no início do ano passado, que a obra vem deixando os moradores preocupados. Eles estranharam que a construção ficava suspensa, em frágeis pilotis de vigas de ferro, apreensão que se transformou em medo quando notaram mais um andar, e depois outro, sendo levantados. E um quarto andar ainda seria erguido, não fosse a formação de um processo administrativo pelos vizinhos, em 21 de janeiro passado, sendo então, agora em março, embargada a construção, que deveria estar a laje assentada no terreno e não sobre pilotis, e isso não era vista porque ficava escondida pela vegetação e passou a ser melhor percebida somente depois que o terreno ao lado foi roçado para uma outra construção ser iniciada.

"Pudemos, então, chegar perto da obra. E um senhor que trabalhava disse que ouvia uns estalos, que achava que as colunas estavam entortando, daí eles terem soldado vigas de amarração, para conter o problema."

A partir desse dia, 30 de maio de 2021, os vizinhos se preocuparam ainda mais e solicitaram à Defesa Civil uma análise de risco. Foi quando a obra acabou embargada porque não havia responsável técnico pela estrutura e, ainda, porque não estaria respeitando recuos e afastamentos, conforme exige o zoneamento da área. Sem contar que deveria estar assentada no chão e não suspensa e, possivelmente, nem poderia ter sido autorizada porque o terreno teria aclive superior a 45 graus.

 

 

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Edição 02/05/2024
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