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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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CPI de Teresópolis convoca três secretários municipais e um ex

Marcos Jaron foi convocado pelos vereadores para explicar compra de celulares e computadores com verba Covid

Wanderley Peres

Enquanto a CPI do Bolsonaro, em Brasília, apresentou como novidade nesta quarta-feira, 28, a convocação do filho do presidente, vereador Carlos, e do ministro-chefe da Casa Civil, general Ramos, um por divulgar fake-news em blogs e perfis de redes sociais, além de grupos de WhatsApp e Telegram, disseminando notícias falsas sobre tratamento da Covid, contra o uso de vacinas e outras barbaridades negacionistas; e o outro, por esconder a necessidade de se divulgar as verdades sobre a pandemia, inclusive a própria vacinação, a CPI do Vinícius deu passos importantes essa de semana, em Teresópolis, quando foi iniciada a análise das cerca de 10 mil páginas de documentos já recebidos pela Câmara Municipal. Nesta quarta-feira, inclusive, foi aprovada pelos vereadores a convocação do ex-secretário de Saúde do Estado, Edmar Santos; e marcada a data de inquirição do ex-secretário de Desenvolvimento Social Marcos Jaron e de outros dois secretários: todos serão ouvidos no dia 12 de maio.

Além do ex-Secretário de Desenvolvimento Social, que foi alijado da pasta para o governo dar espaço a indicado do ex-deputado Nilton Salomão, que aliou-se na campanha ao prefeito Vinicius Claussen, serão ouvidos o atual ocupante da secretaria, Valdek Amaral; o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Valdir Paulino; e ainda os secretários: de Controle Interno, Yara Medeiros Rocha; e de Saúde, Antonio Henrique Vasconcellos. Em próxima sessão serão ouvidos os secretários de Administração, Lucas Pacheco; e de Fazenda, Fabiano Latini Claussen, os dois tendo que dar conta aos vereadores da utilização dos recursos encaminhados ao município para o combate à pandemia.

O primeiro depoimento parece, aos olhos dos investigadores, o mais relevante. Secretário de Desenvolvimento Social, Marcos Jaron foi quem fez a compra de celulares e computadores para a então sua secretaria com recursos carimbados da Covid, uma aparente ilegalidade.  Aos secretários de Fazenda e de Administração, caberão as respostas sobre essa compra e, ainda, antecipando o depoimento de Edmar, as preferências do governo quanto aos “restos a pagar” feitos com os R$ 51 milhões e o porquê de ter sido furada a fila dos credores da prefeitura, onde dívidas, líquidas e certas, com atraso maior e em valores muito inferiores não foram quitadas, o que também, no mínimo, fora a questão moral e legal, contraria a boa prática administrativa.

Outros que darão seus depoimentos à CPI serão Edneia Tayt Sohn Martuchelli Moço, Subsecretaria de Municipal de  Saúde; Eduarda Brandão Coutinho e  Douglas Magno Amâncio, do Departamento de Licitação da Prefeitura Municipal de Teresópolis; Demétrio Simão Arbex Filho, Diretor Médico da UPA e Rodrigo Rebello Pereira, Subsecretário municipal  de  Saúde; Jeniffer de Medeiros Ferreira, Coordenadora Executiva do Fundo Municipal de Saúde, Ricardo André S. Costa – Coordenador do Fundo Municipal de Saúde. E, ainda, Paulo Ribeiro – Diretor do Hospital Beneficência Portuguesa; Rosane Rodrigues da Costa – Diretora do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO) e Laércio Régis Ferrari, Diretor Administrativo do Hospital São José.

Segundo o vereador Rangel, presidente da CPI, deverão ocorrer 5 audiências, entre maio e junho, com cinco depoimentos cada.  O ex-secretário estadual Edmar Santos, a quem o prefeito Vinícius vivia a elogiar, tendo até pedido em vídeo aos amigos que o “blindassem” ao tempo em que surgiram os rumores de má utilização de recursos no combate à pandemia no estado, esse investigado ainda não tem data para audiência. Sua convocação, devidamente aprovada, ainda será efetuada. Íntimo do prefeito, ele é quem sabe como foi feita a transferência dos R$ 51 milhões extras para Teresópolis. Edmar poderá ser inquirido até mesmo sobre as motivações que levaram o governo do Estado a mandar recursos de forma tão desproporcional ao município, enquanto outros de maior população receberam muito menos, o que seria, também, uma irregularidade administrativa.

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Edição 07/05/2024
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