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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Diploma de medicina falsificado teria custado cerca de R$ 100 mil

Pessoas físicas e jurídicas, incluindo duas clínicas, estão sendo investigadas

Um esquema criminoso especializado em falsificar diplomas para o curso de medicina foi descoberto pela Polícia Federal, que nesta quinta-feira, 09, realizou ação para cumprimento de mandados de busca e apreensão em Teresópolis, Belford Roxo, Rio de Janeiro e Montes Claros, em Minas Gerais. A investigação teve início após comunicação do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ), dando conta da existência de requerimentos de registro profissional de médicos instruídos com documentos falsificados de graduação em medicina, notadamente diplomas e históricos escolares. A informação é que um dos estudantes acusado de utilizar o esquema fraudulento para se intitular médico teria desembolsado cerca de R$ 100 mil para obter documentos frios, entre históricos, registros escolares e o diploma. Estão sendo investigadas pessoas físicas e jurídicas, incluindo duas clínicas médicas. O Diário tentou, com a PF e o Cremerj, mais informações sobre tais estabelecimentos e pessoas em Teresópolis, sem obter respostas até o fechamento desta edição.

Foram recolhidos aparelhos celulares, jalecos, carimbos, documentos de identificação, carteira CREMERJ, histórico escolar, diplomas, entre outros, com indícios de falsificação

Em abril de 2022 – na primeira fase da investigação – duas pessoas já haviam sido presas em flagrante na sede do próprio Conselho quando tentavam obter os registros. Durante a apuração, foram colhidos elementos que permitiram chegar a pessoas físicas e jurídicas envolvidas, dentre elas duas clínicas médicas. O balanço final da operação cumpriu os 11 mandados de busca e apreensão previstos. Foram recolhidos aparelhos celulares, jalecos, carimbos, documentos de identificação, carteira CREMERJ, histórico escolar, diplomas, entre outros, com indícios de falsificação.
Para o Conselho, todas as ações que visem garantir a segurança da população, dos médicos e dos demais profissionais de saúde são fundamentais e prioritárias. O Conselho vem colaborando ativamente com a Polícia Federal e com a Polícia Civil no intuito de coibir essas práticas criminosas e está à disposição de todas as autoridades nesse sentido, cujo objetivo principal é proteger a população do estado do Rio de Janeiro.

Universidade local se posiciona
Em resposta a solicitação do Diário, o Centro Universitário Serra dos Órgãos, que mantém curso de medicina no município, informou que “não há nenhuma relação do Unifeso com esta operação”.

Entre os documentos, diplomas de uma universidade no estado da Bahia

Prisão no Rio de Janeiro
Na noite anterior, o CREMERJ acompanhou a prisão de um homem que se apresentava como médico, apesar de não ter um CRM válido. Ele foi preso em flagrante em frente a um hospital na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, enquanto praticava ato médico. No momento, ele estava acompanhando a transferência de um paciente por ambulância que vinha da Baixada Fluminense para a unidade. A prisão foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil. “A ação contou com a participação do CRM/RJ, não só no momento da prisão, mas também durante o levantamento responsável por identificar o detido e determinar onde, quando e como ele trabalhava. Sem isso, sua captura seria muito difícil”, disse Rodrigo Coelho, delegado da DRE, em reportagem do jornal Extra, publicada nesta quinta-feira, 9 de fevereiro. De acordo com a polícia, ele foi levado para a sede especializada nesse tipo de crime onde foi autuado por exercício ilegal da medicina. As investigações vão continuar para identificar se há outros participantes, além de apurar o envolvimento deles na assistência de traficantes.

Edição 21/11/2024
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