Luiz Bandeira
O cronograma da obra de contenção de encosta na Avenida Presidente Roosevelt, trecho inicial da BR-495, conhecido como Corte da Barra, novamente vem sofrendo atraso, porém agora, segundo apurado com representante do DNIT, o que não permite que a obra avance como planejado é a morosidade da empresa concessionária de energia elétrica no município, a Enel, para iniciar a execução do seu próprio projeto de readequação da rede que atravessa o local. Todo o lado esquerdo do trecho, no sentido Centro-Barra, recebeu um revestimento de tela e também foram instalados tirantes de contenção. Nessa parte da obra já não há muito que fazer. Porém, do lado direito, do mesmo sentido da via, a empresa contratada pelo DNIT para execução da obra, alega que “para não paralisar de vez as atividades dos seus operários, vem trabalhando abaixo da fiação”, aguardando, no entanto, o trabalho da Enel para avançar a contenção e concluir todo o serviço, previsto inicialmente para ser entregue em fevereiro.
Além do prejuízo ao tráfego de veículos, que diariamente vem sendo desviado para a Rua das Paineiras, em bairro de mesmo nome, por conta desse atraso, há o risco também de um reequilíbrio financeiro por parte da empreiteira contratada para o serviço. A informação que não obtivemos ainda é quem vai arcar com essa conta do atraso da concessionária. Segundo as informações colhidas junto a funcionários do DNIT, o projeto apresentado pela empresa de energia elétrica, prevê transferir provisoriamente a rede para o outro lado da via até que seja construída uma nova rede, subterrânea e definitiva. Por conta desse imbróglio não é possível determinar ainda quando a obra será concluída.
Obra em caráter emergencial
Esse é um serviço em caráter emergencial, tocado por empresa contratada pelo DNIT, necessária para preservar a vida de quem trafega ou caminha pelo Corte da Barra, já que há um histórico de acidentes envolvendo rochas e vegetação desprendidos da encosta e que já fizeram vítimas. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre DNIT, esse status impõe à obra um prazo máximo de seis meses para conclusão total, na ocasião o representante do órgão afirmou à nossa equipe que tudo estava no cronograma e a conclusão dos trabalhos deveria se dar antes do prazo estipulado. O DNIT, no entanto, não contava com a demora na execução do projeto da nova rede elétrica por parte da Enel.