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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Do Centro a Canoas em duas rodas, uma boa opção para curtir a natureza em Teresópolis

Circuito ciclístico permite conhecer o Parque dos Três Picos e Teresópolis de maneira diferenciada

Teresópolis tem o título de Capital Nacional do Montanhismo, cujos motivos nem preciso relembrar aqui, mas bem que poderia se candidatar também a ser a “Capital Nacional da Pedalada” tamanha a quantidade de opções de passeios ou aventuras em duas rodas em nosso município. São muitas estradas terra, boas pistas de asfalto e trilhas que podem ser percorridas pelas bikes, além de locais onde é possível treinar para competições específicas, como o Vale da Lua, por exemplo. Uma dessas interessantes possibilidades para “girar em duas rodas” é a região de Canoas, que possui beleza ímpar e maneiras diferentes de acesso e consequentemente caminhos, desde percorrer apenas as estradas mais planas ou com poucas subidas – deixando o carro na entrada da localidade, perto da RJ-130, por exemplo, ou encarar “single tracks” como pelo trajeto entre Jacarandá e Prata dos Aredes. Nessa segunda opção, depois o ciclista pode seguir por Canoas e depois Varginha, retornando pelo mesmo caminho ou pela rodovia que liga Teresópolis a Nova Friburgo. Em qualquer rota escolhida, a certeza é que muitas belezas serão avistadas… Rios, cachoeiras, fragmentos florestais, pássaros e propriedades rurais antigas em cantinhos bem diferentes do habitual de quem vive na zona urbana.
Na edição de hoje, vou destacar a opção “mais radical”, feita por mim mais uma vez recentemente. Vamos usar como referência a Várzea. Dali, segui em direção ao bairro do Meudon. Até o início da estrada do Jacarandá são 7,5 quilômetros. Nesse trecho final, após cruzar o bairro do Meudon, uma subida forte na Rua Tupi, a maior altimetria do percurso, até onde ficava uma antiga caixa d´água da comunidade e referência para a floresta que muitos anos depois viria a ser protegida pelo Parque Estadual dos Três Picos.

A partir desse ponto, em frente a um antigo campo de futebol, o pedal começa a ficar “muito mais radical”

Entrando na floresta
Na primeira etapa, cruzando a zona urbana, extremamente ocupada e maltratada – por conta desse crescimento desordenado e pela péssima administração do município, a puxada é direta. Não há muito que ver ou perceber além do que já se encontra diariamente. Mas, lá no finalzinho da Rua Tupi, chegando a Estrada do Jacarandá, já é hora de “ligar as anteninhas”. Desse ponto, já se avista a Serra dos Órgãos. E, mais que isso, um ângulo extremamente incomum, do Garrafão à Agulha do Diabo, com destaque para a sua “unha”.
Mas bora pedalar. Na agora portaria do PETP, um pequeno arranjo com bromélias e bancos feitos com troncos convida a ficar, mas o caminho a ser percorrido ainda é longo. Mas já é estrada de terra batida. Já se está no meio da floresta de Mata Atlântica… O chão é diferente, o cheiro é atraente, o som é envolvente… Vida!

E o caminho fecha
Continuando a descida pela antiga estrada do Jacarandá, uma parada próximo a um pequeno campo de futebol, que, “desde os tempos que me entendo por gente”, é utilizado pelo pessoal do Meudon e Coréia no lazer de fim de semana. E é ali, à esquerda, em um gramadinho, a entrada do caminho que levará até Prata dos Aredes.
Quando passei por lá pela primeira vez duas décadas atrás era uma pequena estrada. Hoje, por conta da intervenção da unidade de conservação ambiental e limitação de algumas atividades, virou uma trilha. Até poucos meses atrás, mesmo com a presença do PETP, havia ficado fechado, esburacado, com várias canaletas formadas pela passagem da água. Dessa maneira, se tratava de um trecho bastante técnico para os ciclistas. Porém, nova ação dos funcionários do parque transformou a trilha de Prata dos Aredes em uma convidativa descida, sem grandes riscos e com pequenas pontes nos locais onde havia pedras e até um curso d´água como obstáculo. Mesmo assim, o ciclista não deve exagerar na velocidade ou se perder na atenção. A parte mais fechada, entre Jacarandá e Prata dos Aredes, tem um quilometro e meio. Apesar da inclinação do terreno a nosso favor, é impossível “passar batido” por esse trecho. Hora de escutar, enxergar e sentir melhor os aromas à nossa volta. O barulho da queda d´água, o canto de pássaros, o ranger dos troncos com a força do vento… Vida na essência!

“Melhor conexão”: A trilha entre Jacarandá e Prata dos Aredes permite um contato espetacular com a Mata Atlântica

Mais sobre Canoas
Após cruzar a floresta do Jacarandá, se chega à localidade de Prata dos Aredes. Dali, em boa parte por estradas de terra batida, o ciclista pode seguir em direção a Albuquerque, retornando ao centro pela RJ-130, ou explorar toda a região. Apesar de Canoas ser mais conhecida, há divisões como a citada Aredes e Varginha. E, para qualquer lado que se vire a bicicleta e saia pedalando, há muito que se ver e se sentir. Mesmo com o crescimento dessas comunidades nos últimos anos, ainda é latente o jeitinho de interior e a gigante floresta do entorno abastece dezenas de cursos d´água, convidativos ao banho.
No meu caso, segui em direção ao local conhecido como “represinha”, ideal para um refresco e recuperar as energias para o retorno. Até ali já haviam sido percorridos aproximadamente 20 quilômetros. Não somente nesse ponto, mas em vários locais é possível dar uma parada na bike e tomar um revigorante banho de rio. Outra boa possibilidade é seguir em direção ao Subaio, localidade que já fica na divisa com Cachoeiras de Macacu. Nesse caso, já no lado de Canoas, a descida é muito técnica e a volta será muito mais difícil… Então, melhor pedalar somente até a entrada da trilha e retornar, deixando para conhecer a região caminhando apenas. Também fica bem perto da entrada do Subaio outro “atrativo” da região, a “Casa Velha”, ruínas de um antigo imóvel que a cada dia que passa desaparece no meio da floresta.

Em alguns pontos da trilha é preciso cruzar rios e pontes instaladas pelo pessoal do PETP

Longo percurso
Indo pelo Jacarandá, cruzando localidades como Prata dos Aredes, Canoas e Varginha e retornando ao Centro pela Teresópolis-Friburgo, o percurso fica em torno dos 50 quilômetros. A distância é grande para aqueles que não estão habituados ao mundo em duas rodas. Por isso a dica é se preparar e começar com passeios menores, lembrando também de manter a manutenção da “magrela” em dia e levar algumas ferramentas e acessórios sobressalentes, como câmaras de ar, por exemplo. Como citei no início, essa é apenas uma das muitas – muitas mesmo – opções de aventuras em duas rodas em Teresópolis. Outra boa dica para conhecer esse esporte e seus adeptos é conversar com o pessoal das lojas especializadas do município, onde os adeptos do ciclismo estão sempre se encontrando para fazer a manutenção das bikes. Para mais informações, o e-mail da coluna é o marcello_medeiros@yahoo.com.br e a página no Instagram é /mochileiro_marcello

Antigas propriedades, floresta, rios… Região de Canoas é espetacular e uma das riquezas da zona rural de Teresópolis
Edição 29/03/2024
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