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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Entidades organizam Urban Hacking em Teresópolis

O conceito de ?Urban Hacking?, pode até parecer distante do nosso entendimento pela barreira da língua, mas em resumo significa a ocupação de espaços públicos ociosos para que neles se possa promover a geração de negócios. Dentro deste objetivo, o projeto ?Destinos Turísticos Inteligentes?, do SEBRAE, juntamente com uma série de entidades sociais organizadas, quer mostrar que aquilo que é tendência, pode ser também oportunidade, especialmente na área do turismo, a menina dos olhos da região serrana

Anderson Duarte

O conceito de “Urban Hacking”, pode até parecer distante do nosso entendimento pela barreira da língua, mas em resumo significa a ocupação de espaços públicos ociosos para que neles se possa promover a geração de negócios. Dentro deste objetivo, o projeto “Destinos Turísticos Inteligentes”, do SEBRAE, juntamente com uma série de entidades sociais organizadas, quer mostrar que aquilo que é tendência, pode ser também oportunidade, especialmente na área do turismo, a menina dos olhos da região serrana. Esses espaços sendo reocupados se transformam em chamarizes de pessoas, isso seja em grandes centros como Nova York, ou mesmo cidades de interior como Teresópolis, e por onde estão sendo utilizados tem chamado a atenção de empreendedores e do poder público. A primeira destas intervenções do bem está marcada para acontecer na Praça da Matriz de Santa Teresa e as possibilidades para os empreendedores que desejam aproveitar o ensejo para gerar negócios são grandes.

Este tipo de ocupação de espaços públicos já vem sendo muito usada em países como os Estados Unidos e também na Inglaterra, e pode muito bem ser definida como a reutilização e a revitalização de locais de uso comum nas áreas urbanas, em uso ou desuso, e que visa uma maior interação da população e dos visitantes por meio de lazer, economia criativa e entretenimento. Em sua maioria, os espaços públicos são locais históricos transformados, seja para manter sua atividade original ou para adquirir um novo significado. Um dos exemplos mais bem sucedidos é a High Line, em Nova York, que transformou uma antiga linha férrea em um dos espaços mais visitados da Big Apple, com ênfase na atuação da economia criativa e do empreendedorismo locais. Aqui no Brasil, o Urban Hacking vem ganhando cada vez mais espaço, sobretudo quando relacionado à forma de reorganizar os espaços de modo criativo, por meio de intervenções artísticas.

É exatamente isso que esperam fazer as entidades reunidas e organizadas pelo “Destinos Turísticos Inteligentes” do SEBRAE aqui em Teresópolis e a escolha não poderia ser melhor, a nossa Praça Matriz. Segundo o projeto, a partir da utilização inteligente de locais públicos que já possuem circulação de pessoas, a cadeia de turismo local pode se preparar para o fomento de negócios da região. Incentivando as redes de gastronomia, lazer, entretenimento, hospedagem ou qualquer outro negócio ligado ao turismo, existem diversas oportunidades em decorrência dos projetos inteligentes de ocupação. O Turismo é uma atividade de desenvolvimento sustentável, que cada vez mais valoriza a interação da população local com os visitantes e turistas e, por esse motivo tem grande potencialidade para se apropriar deste movimento, trazendo a inovação, a interatividade, a experiência e a cultura, gerando oportunidades de novos negócios para empreendedores locais.

– SEBRAE: Destinos Turísticos Inteligentes

O “Destinos Turísticos Inteligentes” está baseado nos avanços do mercado digital, onde o turismo caracteriza-se por ser o segmento que rapidamente se construiu digitalmente, devido às demandas do consumidor e do mercado. Esse cenário de necessidade de informação com inteligência se aprimora a cada dia e se expande no mundo com a velocidade da internet. São inúmeros os aplicativos que proporcionam informação e serviços que apoiam uma viagem em todas as suas fases, desde a preparação até o retorno para casa. Outra mudança é a busca pela interligação dos serviços turísticos, de forma inteligente, por meio de novos modelos de negócios, com o objetivo de satisfazer e customizar a demanda dos turistas, que a cada dia ganha mais espaço e faz surgir uma nova forma de viajar.

No contexto de satisfazer e antever as novas necessidades de consumo e melhor servir os turistas nasceu a abordagem de destinos turísticos inteligentes. De origem espanhola, os conceitos e a metodologia foram construídos a partir do aprendizado de 10 pilotos implementados em cidades do país europeu. A Espanha nos últimos anos tem obtido resultados crescentes e qualitativos com a atividade turística. Visando se manter na liderança e atenta às mudanças do mundo, principalmente do comportamento do turista, desenvolveu a estratégia de destinos turísticos inteligentes. O cenário chamou a atenção de outros países, que estão realizando também suas transformações baseadas no aprendizado e conteúdo espanhóis.

Os destinos turísticos inteligentes se baseiam em três pilares: governança, tecnologia e desenvolvimento sustentável. Para o desenvolvimento dessas inovações no turismo, algumas definições e implementações são necessárias como a participação qualificada das lideranças empresariais nas governanças do setor; o ambiente de negócios favorável aos pequenos negócios de turismo; a competitividade dos destinos turísticos; a aproximação entre os elos da cadeia de valor, incluindo as empresas dos segmentos que não são líderes e a presença dos empreendimentos turísticos no mundo digital, entre outros.

 

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Edição 23/11/2024
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