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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Fim de semana e feriado de “torneiras secas” em Teresópolis

Problema em tubulação da Cedae afeta diversos bairros. Localidades mais altas têm maior prejuízo

O fim de semana e o feriado pelo Cia de Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro, foram de “torneira seca” em diversos bairros do município. O motivo: Um problema em uma tubulação de grande porte da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que, para resolver a situação, precisou interromper o sistema de bombeamento na rede de abastecimento de diversos bairros. “Para realizar a manutenção foi necessário interromper o abastecimento para os bairros Bom Retiro, Jardim Meudon, Fazendinha, Rosário, Perpétuo, Pimentel, Vale da Revolta, São Pedro, Granja Primor, Meudon e parte da Tijuca e Várzea”, divulgou a Assessoria de Comunicação da Cedae na parte da manhã. Apesar da informação sobre o prejuízo para essas comunidades, O Diário recebeu reclamação de moradores de outros bairros não citados pela Companhia, como Vila Muqui e Parque do Imbuí, por exemplo. No segundo caso, moradores ficaram sem o serviço durante todo o domingo e esta segunda-feira. Ainda de acordo com o documento encaminhado para a imprensa, a previsão era que o serviço seria concluído até às 18h, com ressalvas. “O fornecimento de água será retomado logo após a conclusão do serviço, mas em alguns locais – como ruas altas – pode levar até 48 horas para ser totalmente restabelecido. Moradores de imóveis que dispõem de sistema de reserva (caixas d'água e/ou cisterna) não devem sofrer desabastecimento”, justificou a Cedae, pedindo ainda que “os clientes usem água de forma equilibrada e, se possível, adiem tarefas não essenciais que exijam grande consumo de água”. 

Como é feito o abastecimento
Há alguns poucos anos, a reportagem do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV visitou as estações da Cedae para registrar como funciona o serviço e qual a capacidade de captação, tratamento e distribuição do bem mais precioso e cada vez mais raro que possuímos – e ainda assim tratamos como nunca fosse acabar. O principal sistema de abastecimento do município – responsável por 95% do atendimento – fica em Providência, no Segundo Distrito, ao lado da foz do Paquequer. Mas não é do nosso principal rio que vem a água que chega às residências e estabelecimentos comerciais. A captação é feita no curso d´água ao lado, o Rio Preto. A estação desvia parte do líquido para um desarenador, que, como diz o nome, retém as partículas de areia. Nesse ponto também há gradeamento para evitar que galhos de árvore e outros materiais sejam levados até a elevatória. Em seguida, um conjunto de moto-bombas empurra a água, em um ritmo de 435 litros por segundo, para a localidade de Três Córregos. A água bruta, ainda “suja”, é enviada para a estação de tratamento que fica a 14 quilômetros de distância. 
Já nas proximidades do quilômetro 71 da rodovia Rio-Bahia acontece uma das principais etapas do processo, o tratamento da água que será distribuída aos teresopolitanos. Na ETA, o líquido chega a um grande tanque. Em seguida, vai para um sistema chamado floculação, canais onde a velocidade da água é reduzida e ela recebe sulfato de alumínio líquido, que serve para desestabilizar as partículas de sujeira. A próxima etapa são os grandes tanques de decantação, onde fica tempo necessário para a sujeira ir para o fundo. Depois a água vai para os filtros, passando por processo de desinfecção – cloração, alcalinização e fluoretação – tratamento fundamental para garantir uma água de qualidade.
Após o tratamento concluído a água é bombeada por mais seis quilômetros, ficando em reservatório no bairro da Prata com capacidade para seis milhões de litros. Dali, é distribuída para praticamente toda a cidade através de elevatórias em vários pontos. Outro grande reservatório fica na região do Meudon, o do Sistema Jacarandá, com dois milhões de litros d´água. O município conta ainda com mananciais de superfície, como Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Rio Beija-Flor), Penintentes, Parque Ingá e Cascata dos Amores. Porém, eles atendem a apenas 5% do município e, em épocas de estiagem, esses bairros podem ser atendidos pelo Rio Preto. Um dos grandes espelhos d´água mantido pela Cedae foi desativado em 2011, após toda a situação que envolveu a Tragédia, o do Triunfo, no Caleme.

 

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Edição 03/05/2024
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