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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Início do período de chuvas fortes já causa problemas

Quedas de muros, deslizamento de terra e alagamentos geraram prejuízos aos teresopolitanos

O Verão nem começou, mas as primeiras tempestades características do aumento da temperatura nessa época do ano já causaram prejuízos aos teresopolitanos. Na última sexta-feira, chuva de granizo foi responsável por danos em lavouras e residências em localidades do Segundo Distrito, como Santa Rita. Nesta terça (29), novo temporal foi responsável por deixar muita gente preocupada – principalmente que mora em locais de risco. Foram registrados alagamentos em vários pontos do município, duas quedas de muro e um escorregamento de terra, sem nenhuma vítima. Segundo os pluviômetros do Cemaden-RJ, no período de 24 horas os bairros que registraram maior precipitação foram Quinta-Lebrão (53.8mm), Coréia (48.6mm), Rosário (46mm) e Granja Florestal (43mm). “Devido ao grande volume de chuva, houve alagamento nas seguintes áreas: Ruas Carmela Dutra/Agriões, Manoel José Lebrão/Várzea, Tenente Luiz Meirelles, próximo da UPA/Bom Retiro. Também foi detectado transbordamento de rio em trecho da Rua Melvin Jones/Meudon. Equipe de plantão foi para o local para averiguação. Segundo informações, não houve qualquer de tipo de acidente ou dano”, informou a Secretaria Municipal de Defesa Civil nesta quarta-feira pela manhã.

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Um dos muros que não suportou o grande volume d´água e cedeu ficava na Rua Fernando Noronha, Caxangá. De acordo com o que foi apurado no local, o entupimento de um sistema de manilhas que atravessa um terreno estaria obstruído e causando o represamento da precipitação. O outro muro tombou na Travessa Adão Lúcio da Silva, na Várzea, atingindo o quintal de uma residência abaixo. Moradores informaram que parte da via já estava rachada há algum tempo, provavelmente por conta de algum problema no sistema de manilhamento, e que inclusive uma das placas do muro já apresentava desnível antes do incidente. Devido a parte via ter caído e o risco de novos deslizamentos, os moradores foram orientados a não passar de veículo pelo local.
No cruzamento das Ruas Tietê e Paulo Lóssio, em Santa Cecília, novo afundamento de pista por conta de problemas no sistema de coleta de água da chuva e esgotos. Um mês atrás, caminhão afundou em buraco no mesmo local. Devido a previsão de mais chuvas fortes para os próximos dias, a Defesa Civil opera em estágio de Vigilância, monitorando as condições do tempo e informando a população através de redes sociais, mensagens SMS e pelo aplicativo AlertasDCT.  O telefone de emergência 199 funciona no sistema de plantão 24 horas para atender a população. Em caso de acionamento das sirenes do sistema de Alerta e Alarme, os moradores de áreas de risco devem deixar suas residências imediatamente.

Linhas de ônibus reduzidas
Devido a crítica situação de estradas de localidades do interior, algumas linhas de ônibus tiveram que ser reduzidas nesta quarta-feira, segundo informe divulgado pela Viação Dedo de Deus. São elas: 33A – Rodoviária X Santa Rita, indo somente até o Cruzeiro; 36A – Rodoviária X Vale Alpino, indo somente até próximo ao Lavínio; 43A – Rodoviária X Brejal, indo somente até o Campo Limpo; 55A – Rodoviária X Arrieiro, indo somente até a primeira igreja.

Limpeza de rios ficou na promessa
Como é sabido, os meses de novembro e dezembro são de grande volume de chuvas em Teresópolis, com muitos anos de registros precipitação intensa durante todo esse período, com o transbordamento de cursos d´água e escorregamentos de encostas nas comunidades mais propícias a esse tipo de situação. Para tentar minimizar os problemas da grande elevação dos rios, geralmente os locais de passagem da água das chuvas são limpos nos meses que antecedem o período de chuva. Dessa vez, porém, o governo estadual, em parceria com prefeitura de Teresópolis, parece não ter se atentando para os riscos: Com bastante atraso, o programa “Limpa Rio” foi anunciado há cerca de três semanas, com a presença do Governador Wilson Witzel e a promessa que seriam desobstruídos o Paquequer, Príncipe (Que nasce em Campo Grande e deságua na Cascata do Imbuí), Córrego Imbuí (Caleme) e São José (Bonsucesso). Porém, apesar da indicação que as máquinas estariam trabalhando a partir do último dia 21, até o momento nada aconteceu. Através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, a Secretaria de Meio Ambiente informou que, “devido a questões administrativas do Inea, as ações do programa Limpa Rio serão iniciadas em Teresópolis nos próximos dias”. Logo em seguida, cobramos um posicionamento do órgão estadual sobre o assunto, recebendo uma resposta um pouco diferente. “O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que os trabalhos do Programa Limpa Rio foram iniciados na segunda-feira, 21, conforme cronograma, com serviços de batimetria, que medem o nível de assoreamento do canal”. Porém, nenhum funcionário foi visto realizando tal serviço e, mesmo empiricamente, se sabe que não é possível aprofundar tanto tal retirada de material de assoreamento por conta das construções permitidas praticamente dentro dos cursos d´água nas últimas décadas.
Quando o início de tal programa foi anunciado, O DIÁRIO alertou que tal limpeza é aguardada há anos e também que o problema é muito maior do que apenas os locais citados pelos políticos. Além de não informar quais trechos do Paquequer serão contemplados, por exemplo, moradores de bairros como Meudon e Ermitage, que todos os anos sofrem com transbordamentos de cursos d´água, se sentiram desprestigiados mais uma vez. Além disso, mesmo para os locais beneficiados ainda há dúvidas sobre o serviço que será realizado. Na semana passada, moradores da região da Cascata do Imbuí e Posse entraram em contato com a redação para tentar mais informações sobre o “Limpa Rio” e lembrar que não podem ser visitados apenas alguns trechos. “O anseio local é que o desassoreamento ocorra em toda a extensão do córrego, até o desabamento na cascata. A situação está terrível. Há uma floresta em todo o leito”, destacou o aposentado Cesar Fernandes, vizinho do rio Príncipe. Em 12 de Janeiro de 2011, tal curso d´água tomou proporções nunca vistas e causou a morte de dezenas de pessoas. Meses depois, questionáveis obras foram realizadas pelo Inea, que canalizou o rio em vários pontos, serviço que hoje impede o acesso de uma retroescavadeira, por exemplo. 

 

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Edição 04/05/2024
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