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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Instituto Niemeyer conhece a escola Ginda Bloch

Prédio tombado como patrimônio histórico em 2013 foi reconhecido pelo Instituto como projeto do arquiteto Oscar Niemeyer por empenho da Cultura

Wanderley Peres

O presidente do Instituto Oscar Niemeyer de Políticas Públicas, Culturais e Econômicas, Paulo Sérgio Niemeyer, e o vice-presidente do instituto, Thiago Sanderson, visitaram Teresópolis na última quinta-feira, 10, quando conheceram a Escola Municipal Ginda Bloch, sendo recebidos pela equipe diretiva da unidade escolar e pelo diretor da Casa da Memória Arthur Dalmasso, Rafael Correia da Silva. Durante a visita, o grupo conheceu o prédio histórico e conversou sobre alinhamento para futuro convênio entre a Prefeitura e o Instituto Niemeyer, com o objetivo de adequar a Escola Ginda Bloch – que atende 412 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, em dois turnos – às necessidades atuais de educação, respeitando as características do imóvel.

A FESO construiu um muro de proteção de seu terreno dentro do espaço da escola,

Tombada como patrimônio histórico e cultural do município em 2013 por conta de suas características únicas, a Escola Municipal Ginda Bloch foi inaugurada em 30 de abril de 1970, presente do empresário Adolpho Bloch ao município, sendo engenheiro da obra seu irmão Jayme Bloch. Tido o projeto arquitetônico como do arquiteto Oscar Niemeyer, o reconhecimento da obra, o entanto, só ocorreu cerca de 40 anos depois, em 2010, a partir de trabalho da Casa da Memória Arthur Dalmasso, que buscou o Instituto para a validação da informação até então oral, considerando que o importante projeto arquitetônico não estava listado entre as obras de Niemeyer. Ao mesmo tempo, dossiê da Cultura apontando para o valor histórico do prédio e da praça Nilo Peçanha, a única do município que ainda mantinha as características originais de sua construção, no final dos anos 1910, a municipalidade promoveu o tombamento dos patrimônios históricos, pelo Decreto Lei 4338, assinado em 29 de abril de 2013, com empenho da Secretaria de Cultura e do Ministério Público.

O interesse do Instituto Niemeyer pelo projeto arquitetônico é a nota positiva da semana para a memória municipal. Além de inserir o prédio no rol das obras de Niemeyer, o Instituto se revela um aliado importante para a conservação das características do bem. Embora seja tombado como patrimônio histórico do município, vez por outra a escola Ginda Bloch e a sua praça também única sofrem agressões. Sem licença da Cultura foi construído banheiro no ponto de táxi da praça, sem a prefeitura saber – até onde se sabe – a FESO construiu um muro de proteção de seu terreno dentro do espaço da escola, que vários secretários já tentaram transformar em escolão, colocando em risco sua integridade, comprometendo ainda o bom ensino na escola que é referência na rede municipal. Até mesmo por parte da Câmara Municipal, onde alguém devia se preocupar com o patrimônio histórico, a escola correu risco. Ano passado, foi aprovado no Legislativo Municipal pedido de construção de cobertura para a sua quadra, como se a obra fosse possível, porque interfere frontalmente no conceito arquitetônico do prédio, que se refere a objetos escolares.
O tombamento da escola, inclusive, surgiu a partir de uma agressão sofrida. Por volta de 2008/2009, o ambientalista Vidocq Casas denunciou ao Ministério Público uma obra na escola que estaria irregular porque o prédio seria tombado. Acionada em 2010 a Secretaria de Cultura informou ao MP que o prédio não era tombado, mas que deveria ser e que estava se empenhando pelo tombamento, anexando dossiê onde provava ser o prédio projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, informações que foram encaminhadas ao Instituto Niemeyer, recém-criado.

O Instituto Niemeyer, desde 2010

O Instituto Niemeyer de Políticas Públicas, Culturais e Econômicas, foi criado em 2 de junho de 2010, pelo seu Presidente de Honra Oscar Niemeyer e seu bisneto e principal colaborador Paulo Sérgio Niemeyer, para difundir as ideias de conceito urbano social, que sempre norteou sua criação arquitetônica e seus princípios humanistas. E também preservar o imenso legado de sua genial obra. O instituto tem como missão criar e apoiar projetos inspirados na filosofia de vida de Oscar Niemeyer, avançando sempre na busca de uma sociedade justa, equilibrada e solidária.
Tem uma equipe de profissionais de assessoria sobre questões de análise, reestruturação, reengenharia urbana, criação de planos de metas a partir de demandas reais, estatísticas e outros serviços que podem ajudar a planificar e direcionar políticas públicas para planos estratégicos, metas e programas de governo.
O intuito é fomentar plataformas que estejam comprometidas com o bem público e ações que possam solucionar a complexidade urbana do país e a abordagem dos problemas urbanísticos, que envolve o que mais atinge o dia a dia das pessoas – mobilidade, saneamento, segurança, estrutura educacional prioritária, equipamentos culturais, zoneamentos econômicos, ampliação do IDH e ações que façam todo o tecido urbano ter parâmetros de sustentabilidade responsável e ativo, numa profícua sinestesia entre campo, áreas industriais, de comércio e principalmente suas periferias, reais e simbólicas.
Entre os objetivos do instituto estão: Promover e incentivar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a inovação; criar, gerir, manter, fomentar, apoiar, transferir, licenciar e estimular a criação e o aprimoramento de atividades relacionadas ao setor produtivo, principalmente, relacionados à inovação, incluindo todos os tipos, variações e desdobramentos de ativos de propriedade industrial e intelectual; e firmar convênios, acordos e ajustes congêneres com outras instituições, de naturezas públicas ou privadas nacionais ou estrangeiras.

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Edição 01/05/2024
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