Marcello Medeiros
Desde o ano passado, a “gestão” sabia que teria que procurar um novo espaço para abrigar o CMEI Várzea. Mas, somente em fevereiro de 2024 foi desapropriado um imóvel na Rua José Padre Anchieta, 35, no Bairro da Tijuca, para atender um grande número de pequenos que dependem do Centro Municipal de Educação Infantil. Dessa forma, já seria evidente que eles não poderiam rever os amiguinhos no mesmo dia que todos os outros estudantes da rede municipal. Aí veio uma esperança: 11 de março seria o dia do retorno das aulas presenciais. Porém nesta segunda-feira não ocorreu o aguardado reencontro.
As obras de adaptação do imóvel não ficaram prontas e os pais e responsáveis informados que deveriam continuar com as “aulas virtuais”, utilizando um tablet emprestado pelo governo municipal e que, caso seja danificado pela criança, deverá ser pago por quem assinou o termo de empréstimo – mais de R$ 1 mil pelo equipamento de qualidade duvidosa. “A previsão é de que a unidade seja inaugurada no próximo dia 20”, prometeu novamente a “gestão” Claussen em material onde informa que o excelentíssimo ocupante da cadeira de prefeito, pelo menos até dezembro, visitou o espaço nesta segunda.
O DIÁRIO registrou, da parte externa, a movimentação de profissionais de diferentes áreas no local, sendo a reportagem atenciosamente recebida por funcionários do CMEI, mostrando que a simpatia dessa equipe deve ser outro motivo de saudade dos pequenos alunos da unidade. “Entre os serviços já executados na unidade nessa primeira etapa da obra estão pintura geral interna, externa, muros internos, janelas de madeira e piso (onde se retirou carpete); revitalização dos pisos de madeira, com aplicação de verniz; revisão e novas instalações elétricas; revisão e instalação hidráulica; colocação de grades, telas e guarda-corpos; e ainda esta semana colocação de cimento no piso do pátio”, informou ainda a PMT.
Vizinhança
Durante nossa passagem pela Tijuca, moradores da rua onde vai funcionar a unidade de ensino destacaram apreensão sobre o aumento da movimentação de veículos e a necessidade de intervenções para que eles ou mesmo os pais e responsáveis pelos alunos passem dificuldades, visto que se trata de uma ladeira bastante íngreme. Outro motivo de questionamento é que não há nenhuma linha de ônibus que passe sequer próximo do CMEI, o que pode ser prejudicial para quem mora longe dali. Sobre o transporte público, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que será verificado junto à Viação Dedo de Deus sobre linhas e horários no entorno da unidade para atender de melhor forma alunos e equipe escolar.