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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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O fim do Lixão do Fischer em Teresópolis

Lixo de Teresópolis vai ser transportado para fora da cidade

Wanderley Peres

A prefeitura anunciou essa semana que vai fechar o Lixão do Fischer, vazadouro saturado há vários anos e sem condições de continuar recebendo o lixo da cidade. Em entrevista ao DIÁRIO, o secretário de Meio Ambiente confirmou que estão sendo feitos os entendimentos para o início do transbordo dos resíduos coletados no município, que deverão ser levados para Magé ou Itaboraí, onde existem aterros controlados, como havia também em Teresópolis cerca de dez anos atrás. Segundo o secretário, o transbordo do lixo para outros municípios, condição que encarece a coleta, será feito ao longo de dois anos apenas, durante o tempo em que a Prefeitura estará estudando as melhores alternativas para os investimentos que deverão ser feitos para o tratamento dos resíduos no município.

Será fechado

“O aterro sanitário será fechado. Estamos trabalhando no processo que pretende mandar o lixo coletado em Teresópolis para outro município, Magé ou Itaboraí, que têm capacidade de para receber os resíduos, ambos licenciados. Em nosso município, teremos uma estação de transbordo, onde o lixo coletado por quatro ou cinco carros menores serão carregados em um caminhão grande, de 25 toneladas. Esse processo está em licitação, deve sair em um ou dois meses, e a partir daí vamos contratar o serviço por um prazo de pelo menos dois anos, o tempo ideal para o governo decidir o futuro do lixo em Teresópolis, se vai ser feito um novo aterro, ou uma usina de tratamento e aproveitamento do lixo, que é muito mais provável que ocorra, e esse é o tempo que precisamos para construção e o devido licenciamento”.

A nova empresa

“Já começamos a PMI, a licitação está sendo providenciada, e já foram convidadas as empresas que oferecerão as melhores condições técnicas para o serviço. Cinco empresas se propuseram a fazer os estudos e elas tem 90 dias para apresentar suas propostas, e uma delas será a escolhida. A melhor solução ainda não temos, vamos saber a partir dessas propostas que são de empresas com técnicos nessa área. Petrópolis já está mandando seu lixo para Três Rios, mas acho essa opção mais cara, é mais provável que a gente opte por uma usina, gerando energia, que é um bom caminho.”

Tamanho do lixo

“Teresópolis recolhe 180 toneladas dia e deste peso, 40 toneladas são geradas pela construção civil, o restando lixo de poda e lixo domiciliar, que serão levados para fora do município, o lixo da construção civil não. Esse será reaproveitado, usando-se o antigo galpão da reciclagem, no Fischer. Esse resíduo da construção civil já está licitado para a instalação de um britador, que tritura em peneiras diferentes, produzindo material para usar nas estradas vicinais. Vai ser muito útil para as estradas do interior e até mesmo para a secretaria serviços públicos. Então, o lixo da construção civil não vai ser transportado, faremos uso dele, reduzindo um volume de 40 toneladas de dia de transbordo e aproveitando o material.”

Mais custo

“Hoje temos o gasto com a coleta comum, e vamos ter agora, nesses dois anos, também o gasto com o transporte do lixo, pagando também para levar o lixo a um aterro licenciado. Estamos ainda vendo o preço disso, mas certamente não é barato. Da última vez, encontramos o preço de R$ 800 mil por mês para o transporte do lixo. A ideia é esse marco de dois anos, enquanto preparamos a destinação correta do lixo. O prefeito está buscando recursos junto ao governo do estado, mas se não conseguirmos essa ajuda a prefeitura vai custear essa despesa.”

Usina de lixo

“Uma das propostas que pode acontecer nos próximos meses é a própria empresa que for gerar energia ela usar o lixo do dia e retirar o lixo do aterro também, reduzindo o seu volume. Esse processo da remediação já temos ele escrito, e é o que estamos buscando recursos junto ao estado para levar adiante. Se não conseguirmos o recurso, assim que o lixo começar a ser transbordado, já vamos iniciar o processo de remediação, com novo taludamento, em novas camadas, com calhas, grama, e drenagem de gás e chorume”.

Praça ou parque

“Resolvido o lixão, a área pode até se transformar numa área de uso comum, como praça ou parque. A nossa primeira hipótese, e os técnicos é que vão apontar para a solução adequada, é aproveitar esse lixo em usina, mas precisamos ver se isso é tecnicamente viável.”

Secretario de Meio Ambiente Flávio Castro em entrevista exclusiva para Diário TV

Novo aterro

“Saturado o Fischer, não é impossível encontrar uma área para novo aterro controlado. Mas preferimos uma forma mais profissional, dando oportunidade a quem domina o assunto, por isso as empresas estão buscando apontar a melhor solução. Um aterro de 180 toneladas dia exige uma área de 100 hectares, sem rios próximo, ou casas. É complicado e podemos estar encontrando um outro problema se isso não for estudado de forma correta e feita tecnicamente. Vamos mandar para fora o lixo e, enquanto isso, nestes dois anos, encontrar essa solução. Num aterro o dano é para sempre. E com usina, que parece ser a melhor solução, não tem chorume, além de ser ambientalmente o melhor processo.”

Questão social

“Muitas pessoas vivem do que retiram do lixo e precisamos dar o suporte. Tem os programas da secretaria de Desenvolvimento Social, tem o programa POT e o Promaj, para alocar essas pessoas. E, quando as empresas começarem a operar, elas vão utilizar essa mão de obra já disponível. Temos duas formas de coletas e duas formas de ação. Temos a coleta seletiva própria da prefeitura e as particulares. Mas, antes da coleta, a prefeitura ajuda esses trabalhadores cooperativados e pretendemos ampliar esse processo que já utiliza 35 pessoas trabalhando na reciclagem. É a ação depois do caminhão do lixo, e esse processo vai acabar porque não terá mais lixo entrando no Lixão, que precisa ser fechado porque chegou a um ponto que não tem mais como receber lixo.”

Consciência

“Precisamos envolver mais as pessoas a cuidar melhor do lixo, fazendo a separação já antes da coleta, e temos boa adesão a essa coleta seletiva. Mas temos apenas um caminhão e 10 pessoas no serviço. E precisamos controlar a vazão da coleta, daí a campanha tem que pensar no suporte senão a campanha não surte o efeito. Mas, entendemos que precisamos ampliar esse atendimento, diminuindo a quantidade de lixo não separado, que é pago por tonelagem. Essa separação reduz os gastos e vamos aumentar o nosso processo de coleta, e melhorar a informação.”

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Edição 04/05/2024
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