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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Pais de estudantes reclamam de dificuldade no transporte escolar

Familiares de estudantes denunciam problemas diários na ida e na volta da escola, em diversos bairros

Luiz Bandeira

Nesta quarta-feira, 27, com os alunos das redes estadual e particular já autorizados a retornar às salas de aulas para a retomada do ensino 100% presencial, pais de alguns destes jovens estiveram na redação do jornal O Diário de Teresópolis e Diário TV para expor os problemas enfrentados com o aumento da demanda no transporte público da cidade – lembrando também que a situação tende a se agravar, visto que no dia 08 de novembro a rede municipal deixa de trabalhar no sistema de revezamento e todos os alunos deverão voltar ao presencial. Outro ponto a ser observado é que as secretarias estadual e municipal de ensino preconizam que o retorno das atividades presenciais deve respeitar as medidas sanitárias, já conhecidas por todos, como o uso de máscaras, álcool em gel e a manutenção do distanciamento social. Mas o que se observa nos coletivos e nos pontos de embarque onde os estudantes aguardam os ônibus é uma situação de aglomeração, o que deixa esses pais bastante preocupados.
A dona de casa Erica Rocha reclama que a empresa, antes da pandemia, disponibilizava o transporte escolar e que esse serviço atendia bem, mas que quando questionou sobre a retirada deste serviço, ouviu que não estava sendo repassando o subsídio que sustentava o serviço. Erica se manifesta preocupada. “Meu filho não foi ao primeiro dia de aula porque o ônibus estava lotado e ele não quis se arriscar em pegar Covid”. A dona de casa relata ainda que procurou a Secretaria Estadual de Educação e ouviu do representante que o subsídio está em dia e que o repasse é feito a partir do sistema Riocard, de pagamento de tarifa de ônibus por cartão.
Kelly Portela, mãe de uma adolescente que estuda em Albuquerque, também manifestou sua preocupação. “Os ônibus estão super lotados, todo dia tem aluno saindo quase que pela janela dos ônibus. Na primeira semana que as aulas voltaram a ser presencial a minha filha foi agredida dentro do ônibus por uma passageira porque o ônibus estava muito cheio e ela queria espaço, só que como é que você vai ter espaço em um ônibus cheio? É difícil. Minha filha chega sempre atrasada. A entrada é às 07h30, mas ela chega 08h, 08h20 e perde tempo de aula”, pontua.
Outra mãe de dois adolescentes estudantes da rede estadual e que esteve no Diário para denunciar a precariedade do serviço de transporte público foi Zilda Gomes, moradora da Quinta-Lebrão. “Tá andando muito cheio e os estudantes estão indo no ônibus de linha e está insuportável, porque aí vão os trabalhadores também, né? Está complicado!”, frisou.

Na zona rural está pior
Para quem mora no interior do município é ainda pior, pois os intervalos das linhas é maior – como relata o senhor Edgar Ferreira, que tem uma filha adolescente que chegou a ficar duas horas na chuva a espera de outro ônibus, pois não conseguiu embarcar no coletivo lotado que passou próximo a escola no horário posterior a saída. “Eu ouvi uma mãe reclamar que a filha dela chegou em casa às 20h30, próximo ao Alto de Vieira, isso porque ela saiu da escola às 17h30”, denunciou Edgar. 
Entramos em contato com a assessoria de imprensa da Viação Dedo de Deus para questionar sobre as reclamações dos pais de alunos.  Nesta quarta-feira, 27, não obtivemos resposta. Porém, estamos com entrevista marcada para a próxima sexta, 29, onde buscaremos respostas para essa demanda da população.

 

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Edição 02/05/2024
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