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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Perícia vai estimar velocidade de moto que atropelou Waldir José

“As imagens são claras, estava muito acima do permitido”, destaca delegado titular da 110ª DP

Mais uma vez Teresópolis está de luto em consequência de uma fatalidade no trânsito. E, novamente, um caso onde uma pessoa faleceu após ter sido atropelada por uma motocicleta. Dessa vez o caso ocorreu na Avenida Delfim Moreira, na Várzea, em frente à Praça da Matriz de Santa Teresa. A vítima, Waldir José do Couto, de 60 anos, que havia acabado de sair de ensaio da “Via Sacra”, peça teatral que será encenada justamente em frente ao principal templo católico da região central do município. Ele foi atropelado por volta das 22h30 da última terça-feira por uma motocicleta conduzida por um rapaz de 24 anos que seguia sentido Vale do Paraíso. Imagens de circuitos de segurança da região mostram que a moto não estava em baixa velocidade e que Waldir, ao perceber a sua aproximação, provavelmente no reflexo, tentou completar a travessia. Porém, o motoboy seguiu na mesma direção e não houve tempo para evitar a colisão. O pedestre foi atingido em cheio e projetado alguns metros à frente. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não houve tempo para atendimento médico a Waldir. O jovem que conduzia a motocicleta foi atendido pelos militares e levado a para o Hospital das Clínicas Constatino Ottaviano (HCTCO), onde estava internado até o fechamento desta edição.

Nas imagens é possível perceber também que o pedestre estava a cerca de quatro metros da faixa, mas, devido a evidente velocidade empregada pelo motoqueiro, provavelmente o resultado seria o mesmo caso estivesse exatamente na linha demarcada para a travessia nesse ponto da Delfim Moreira. Nesta quarta-feira, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV esteve na 110ª Delegacia de Polícia e conversou com o titular da PCERJ no município, Márcio Dubugras. O delegado lamentou mais uma morte no trânsito de Teresópolis, e novamente envolvendo moto, e citou o que constatou analisando as imagens dos circuitos de segurança. “Ele passou em altíssima velocidade, esse motoboy causou a morte desse senhor que havia acabado de sair da igreja. Vamos cobrar da perícia para saber velocidade correta que estava, mas pelas imagens já se percebe que está em velocidade acima da permitida para o local. Confirmando a que velocidade ele estava, podemos imputar a ele o crime de homicídio doloso por dolo eventual, porque nessas condições ele assumiu risco de causar esse resultado. Ele não poderia passar em frente a uma igreja, a um lugar que há grande movimentação de pessoas, em alta velocidade”, pontuou Dubugras, que já elucidou e encaminhou para o judiciário outros casos semelhantes em Teresópolis. Equipe da Polícia Civil iria colher depoimento do motoqueiro no HCTCO.

Imagens de circuitos de segurança da região mostram que a moto não estava em baixa velocidade e que Waldir, ao perceber a sua aproximação, provavelmente no reflexo, tentou completar a travessia. Porém, o motoboy seguiu na mesma direção e não houve tempo para evitar a colisão. O pedestre foi atingido em cheio e projetado alguns metros à frente

Ator, apaixonado pela arte e pelas coisas de Teresópolis
Membro ativo da Oficina de Poesia e Criação e da Academia de Letras do Brasil, seccional Teresópolis, da qual era presidente recém empossado, Waldir José do Couto nasceu em 17 de agosto de 1963, em Teresópolis. Poeta, músico e escritor, graduado em Recursos Humanos pela Unopar, era casado com Mônica. Ativista cultural, foi do Movimento Conservacionista Teresopolitano, ao lado de Xinaíba e Vidocq Casas, ganhou a Medalha George March, em 2020 e, em 2021, o troféu Mário Bruno, do Grêmio Musical Paquequer, além de outras homenagens. Muito tempo antes desse grande envolvimento com a arte, ficou conhecido por participar de um filme policial gravado em Teresópolis no final dos anos 90. Em “Praia 8 – Conspiração Serrana”, Waldir interpretou um repórter que seria sequestrado após flagrar um movimento de tráfico de drogas, tendo a trama sido gravada em diversos pontos do município. Ele permanece sob a ameaça dos traficantes, interessados que destruísse o material que havia gravado sobre o crime, até ser salvo pelos detetives “Max” e “Quintanilha”. O velório ocorre na Igreja Brasil Para Cristo, localizada na Rua Darcy Menezes de Aragão, próximo à Viação Teresópolis, e o sepultamento está marcado para às 11h desta quinta-feira, 06, no Cemitério Municipal Carlinda Berlim, o Caingá.

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Edição 04/05/2024
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