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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeitura diz que merenda ruim é pontual e que a denúncia do SindPMT foi genérica

Segundo o governo, chuvas atrapalharam a entrega de verduras e legumes

Wanderley Peres

Respondendo a denúncia publicada na edição do DIÁRIO desta quarta-feira, 27, feitas na sessão da Câmara de Vereadores anteontem, a partir de constatação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresópolis, de que diversas escolas municipais estariam sem merenda, a Prefeitura publicou Nota em sua página na manhã de ontem, afirmando que o desabastecimento foi pontual e que a denúncia do Sind PMT é “bastante genérica, não especificando quais unidades escolares foram afetadas”. Uma funcionária da Educação chegou a gravar um vídeo, apontando para o restabelecimento do estoque e alegando que a causa da falta de verduras e legumes e frutas na merenda seria a chuva que se abateu sobre a cidade no fim de semana, apesar da assessoria do prefeito afirmar que a falta seria pontual.

Na publicação oficial, o governo coloca a sua culpa naqueles que o criticam, reconhece que houve “um problema pontual na distribuição de hortifrutis neste início de ano letivo e que está sendo prontamente corrigido”. Quanto aos demais alimentos, como estocáveis e proteínas, a Prefeitura diz que “o abastecimento vem sendo normalizado, garantindo a continuidade da oferta alimentar nas escolas”. E, embora esteja fornecendo arroz e feijão apenas, ou canja de arroz apenas, para as crianças, o governo ressaltou “que é do conhecimento e reconhecimento de toda a comunidade escolar que, desde que a produção da merenda deixou de ser terceirizada, a qualidade dos alimentos tem apresentado constantes melhorias, refletindo no bem-estar e na saúde dos estudantes”, mentira que foi desmentida por várias mães na própria postagem da Prefeitura. Nas redes que criticam o governo, memes também foram publicados, como a montagem do prefeito e sua secretária de Educação, premiados com o troféu “Óleo de Peroba”, em alusão à cara de pau que tiveram de errar e afirmar em contrário.

“Deviam ter vergonha em fazer uma postagem dessa. A escola Sílvio Amaral dos Santos, no bairro Granja Guarani, a escola não tem o leite para oferecer. Triste ver as crianças chegando na escola e ter uma comida sem tempero, sem uma verdura, e na hora do lanche não ter uma fruta”, disse uma mãe. Outra, confirmou que a merenda piorou. “É de dar pena das crianças que precisam do alimento escolar. Para onde está indo a verba da Educação? Era para ser de excelência e não está sendo”.

Contraria a nota da Prefeitura, também, a informação passada ao próprio governo pelo SindPMT, de que faltava proteína na merenda escolar, solicitando providências. “Os estoques de comida estão baixos, com poucos quilos de arroz e feijão e os freezers com pouquíssimas embalagens de carnes. Verduras e frutas simplesmente não existem”, disse o Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais, que gravou vídeo afirmando que “está faltando alimentos nas creches. Não tem leite, nem maizena, e tem direção comprando alho e cebola em mercadinho para temperar a comida. Já informamos isso ao Conselho Municipal de Educação”.

Enquanto vereadores apresentam geladeiras vazias, secretária apresenta cozinhas bem diferentes

VEREADORES VÃO À ESCOLA

Também nesta quarta-feira, os vereadores André do Gás, Erika Marra e Dudu do Resgate, da Comissão de Educação da Câmara, visitaram várias escolas, e perceberam que o problema está sendo resolvido de forma paliativa, com a Educação desvestindo um santo para vestir outro. Na escola Maria Mendes, poucos minutos antes da visita, havia chegado a carne trazida de outra escola, suprindo os freezers, que no dia anterior estavam vazios, conforme foi gravado em vídeo pela Comissão de Educação.

“Trouxeram carne emprestada de outro colégio, hoje de manhã, para colocar no freezer que vimos vazio quando estivemos aqui. E, no armário, tem açúcar que não é da marca que a Prefeitura comprou. Será doação, foi alguma família que deu para a escola? E a gente tem agora a notícia de que a secretária está perseguindo quem está deixando os vereadores fazerem o seu trabalho ou passando informações. Essa situação de desrespeito e abuso está insustentável”, disse o vereador André do Gás, que levou a denúncia à sessão da Câmara.

FORAM QUATRO ESCOLAS

Embora a Prefeitura diga que a denúncia era genérica, a Câmara deu os nomes das escolas onde estariam faltando comida: Creche Missionário, Começando a viver, Mariazinha Jannotti e Silvio do Amaral Santos. E o vereador André do Gás mostrou fotografias dos pratos servidos nestas escolas. “Não tem carne, não tem batata, não tem cenoura, não tem nada, além de arroz e feijão”, garantiu, mostrando fotografias de pratos com arroz e feijão apenas e de um prato de canja feita só com arroz, sem carne ou legumes. “Isso é uma canja? Arroz e água. Cadê a cebola, o alho, a carninha?”

Edição 23/11/2024
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