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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Primeira chuva forte do ano causa prejuízos e preocupa

Problemas antigos, recorrentes e que parecem não ter solução continuam tirando o sono dos teresopolitanos

Marcello Medeiros

Ano Novo, problemas velhos e que preocupam muita gente. Mal começou 2019 e os teresopolitanos já tiveram que enfrentar alagamentos e ficar sem dormir por conta do risco de deslizamentos de terra em diversas comunidades. No primeiro dia útil do ano, chuvas fortes mostraram que o Verão pode render muitas situações de risco por conta da falta de ações públicas nos últimos anos e – logicamente em alguns casos – também por culpa de parte da população. A Defesa Civil registrou 15 ocorrências entre o início da noite de quarta e a madrugada de quinta-feira, sem vítimas e sem desabrigados ou desalojados. O órgão mantém estágio de vigilância por conta de previsão de mais chuvas fortes para os próximos dias.


Poucos minutos após o início das chuvas fortes, cruzamento das ruas Carmela Dutra e Rui Barbosa já havia virado um rio
Entre as ocorrências do primeiro temporal do ano estão queda de muro na Tijuca, deslizamentos de terra no Vale da Revolta, no Golfe, na Ermitage e em Araras, rachadura de piso em Paineiras, queda de vegetação em rede de alta tensão no Salaquinho e na Cascata do Imbuí, e queda de parte de uma árvore na Praça Olímpica Luís de Camões, na Várzea. O parquinho foi parcialmente afetado e interditado nesta quinta-feira. Além desses casos, muitos pontos de alagamento voltaram a se repetir: Tenente Luiz Meirelles (em vários trechos), Waldir Barbosa Moreira, Carmela Dutra e Rui Barbosa, Dr. Aleixo, Manoel José Lebrão e até vias no bairro do Alto. Por medida de segurança, as sirenes 1 e 2 do bairro Vale da Revolta foram acionadas às 19h25 e desligadas às 21h12, devido ao acúmulo de água no bairro. Entre quarta e quinta-feira, os bairros com maior precipitação acumulada foram Vale da Revolta (78mm), Rosário (68.6 mm) e Coréia (61.6mm)
Por volta das 19h30, foi interditado trecho da Avenida Presidente Roosevelt conhecido como Corte da Barra, devido a forte chuva no local. Recentemente, a Defesa Civil instalou um pluviômetro para monitorar a quantidade de chuva no trecho. A interdição foi realizada pela Guarda Municipal e, após avaliação da equipe da Defesa Civil, o trânsito foi liberado. A Defesa Civil orienta aos moradores que cadastrem um número de telefone por SMS para receber alertas sobre ocorrências. O número para cadastro é 40199. Qualquer ocorrência devido à chuva pode ser comunicada à Defesa Civil pelo telefone de emergência 199.
“O importante é a conscientização da população. A Defesa Civil sozinha não consegue atingir todas as demandas ao mesmo tempo. É preciso que a população auxilie através dos NUDECS – Núcleos de Defesa Civil nas comunidades – e evite se colocar em situações de risco, como construir em encostas, jogar lixo nas ruas e obstruir rios”, explicou o subsecretário de Defesa Civil, Coronel Albert Andrade.


Um dos grandes galhos da Espatódea foi parar dentro da pracinha, que geralmente vira um "piscinão" nos dias de chuva

Preocupação no Vale da Revolta
Comunidade onde foi registrada a maior precipitação acumulada, o Vale da Revolta é novamente motivo de preocupação. Nesta quinta-feira pela manhã, o Presidente da Associação de Moradores, Judas Tadeu, contabilizou o prejuízo e trabalhou para tentar contribuir com quem estivesse precisando de algum tipo de ajuda. Segundo ele, em conversa com a reportagem do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV, foram registrados diversos escorregamentos de terra e muitos moradores buscaram abrigo no ponto de apoio da Defesa Civil, às margens da BR-116. “Essa foi chuva foi muito preocupante e já alerta para o que pode acontecer nesse Verão”, frisou.
Também nesta quinta-feira, nossa equipe registrou a ação de moradores de outro bairro com objetivo de evitar maiores prejuízos após fortes chuvas. Após uma grande árvore arrastada pela força da água fechar uma das pontes do Rio Meudon, no Bom Retiro, eles entraram no curso d´água para cortar o grande tronco. Também na Rua Rosa Werner, outros trabalharam na remoção da lama e lixo deixados pela enxurrada do dia anterior.

A culpa é de quem?
Logicamente, o poder público tem grande responsabilidade devido aos problemas gerados em dias de chuva forte como na última quarta-feira. Faltam limpeza de bueiros e cursos d´água e uma situação ainda mais difícil de ser resolvida: A remoção de milhares de construções obstruindo a passagem da água em rios como Meudon e Paquequer, entre outros. No primeiro, por exemplo, ele só é visto em alguns pontos ou quando transborda. Ainda em relação a população, muita gente insiste em depositar lixo em vias públicas e nas margens de rios, resíduos de todo o tipo que contribuem para a obstrução da água e ainda a proliferação de doenças.

Plano Verão de Teresópolis
– Teste mensal das 24 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme, que checa o funcionamento dos aparelhos, instalados em 13 bairros;
– Exercícios simulados de desocupação em comunidade vulnerável. Um já realizado no bairro Vale da Revolta no dia 25/11;
– Exercícios simulados de desocupação nas escolas municipais. Já realizados nas escolas Dorvalino de Oliveira, no Meudon, e Alice Saldanha, no Morro do Tiro, feitos no dia 29/11, em conjunto com o Corpo de Bombeiros;
– Curso de reciclagem de voluntários do Núcleo Comunitário de Defesa Civil do bairro Caleme. 
– Teresópolis conta com 25 NUDECs, na cidade e no interior, e mais de 800 pessoas treinadas. Dessas, 474 formam os núcleos comunitários.

 

 

 

 

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Edição 01/05/2024
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