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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Reforma da Prefeitura de Teresópolis vai ser aditivada

Vencido o prazo para a entrega da obra, aditivo de prazo e valor já estão sendo providenciados

Wanderley Peres

Iniciada em 31 de janeiro, com prazo para terminar em final de abril, conforme informado em placa plantada nos jardins do palácio Teresa Cristina, a reforma do prédio da Prefeitura deveria ter ficado pronta no final do mês de abril. Mas, muito pouco do que foi contratado está feito. Segundo pronunciamento do vereador Maurício Lopes, na sessão da última terça-feira, 10, na Câmara Municipal, a obra estaria até parada, diante da falta de movimento de operários no prédio, cercado de andaimes. Contratada a uma empresa do Rio de Janeiro em 8 de novembro passado, ao custo de R$ 195.355,35, a reforma da prefeitura não estaria parada, disse a Prefeitura. “A empresa não abandonou a obra. Os serviços de pintura de janelas internamente e externamente continuam e nunca pararam, pois estão com quase 90% já executadas. As chuvas de verão contribuíram para atraso no cronograma da pintura das fachadas, a morosidade contribuiu para o atraso em algumas etapas”, informou o governo municipal, que confirmou também a aditivação do contrato. “Sim, tem previsão de aditivo, um de prazo já foi feito e estamos aguardando as planilhas da empresa para um aditivo de valor, a fim de acrescentar alguns serviços para complementar um melhor resultado final”. Com relação ao prazo de entrega da obra, a prefeitura informou que o novo prazo será dia 28 de agosto de 2022, “de acordo com o novo prazo pedido pela empresa para conclusão total dos serviços, os já contratados e os complementares”.

Segundo a placa, o contrato de “fornecimento de mão obras e material para pintura e fachada e recomposição de telhado da Sede Administrativa atual da Prefeitura”, firmado com a empresa carioca, prevê a “recomposição do telhado, a remoção da pintura antiga de paredes e das esquadrias de madeira de portas e janelas, substituição de telhas quebradas, eliminação de pontos de infiltração, limpeza e isolamento do telhado”. Ou seja, uma modesta reforma, como tantas outras feitas pelos governos passados. Reforma meia bomba aliás, e programada para ser feita fora de época porque o telhado, origem principal da deterioração do prédio, sofreria interferência no período das chuvas, que terminou em abril, quando o trabalho deveria ter sido entregue, com a “troca de telhas” quebradas, como foi feito em praticamente todas as demais reformas, em vez de ser substituído o madeirame e todo o telhado, com a necessária rediagramação da cobertura e a sua imprescindível impermeabilização.

Feita com recursos próprios, a prefeitura teve a construção iniciada em 1927, durante a gestão do prefeito Euclydes Machado, delegado de polícia e banqueiro, sócio do banco Therezopolis, que a inaugurou em dezembro de 1929, último mês de seu governo, quando já estava eleito para sucedê-lo o engenheiro responsável pela obra, Nestor Pinto, único prefeito negro de Teresópolis e um dos primeiros do Brasil. Parcialmente pronto, com parte sem ser erguida, e com apenas alguns cômodos próprios para utilização, o prédio da prefeitura funcionou por dezesseis anos em estado precário até que, 13 prefeitos depois, o prefeito nomeado Roger Malhardes retomou a construção, em 1946, parcialmente pronta ao fim de seu primeiro mandato como prefeito eleito, em 1954, obra que teve bom andamento, também, durante o tempo de José Jannotti prefeito, entre 1947 e 1950, alcançando, ainda, alguns detalhes da construção, os governos Flávio Bortoluzzi, Omar Magalhães e Waldir Barbosa Moreira, que cuidou do pátio e jardins.

Além de abrigar a chefia do poder executivo municipal, o prédio da prefeitura foi também sede da Câmara Municipal entre 1930 e 1969, abrigando ainda o Fórum, o Tiro de Guerra, o Cartório Eleitoral e diversos outros órgãos do estado com representação no município. Chamado “Palácio Cor de Rosa” pela sua cor, o prédio receberia o nome de Palácio Teresa Cristina pela Lei 0680, de 15-04-1970 e seria tombado pela Lei Orgânica Municipal.

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Edição 23/11/2024
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