Para integrar órgãos estaduais e municipais e reforçar a segurança no estado, o Governo do Rio de Janeiro entregou cerca de mil radiotransmissores ao longo deste ano. Já operam por essa rede as polícias Civil e Militar; Corpo de Bombeiros; Defesa Civil; e a Secretaria de Administração Penitenciária, além da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos). A Secretaria de Segurança também repassou os aparelhos, parte do legado olímpico, para diversos munícipios. A previsão é de que mais mil sejam distribuídos em 2018.

Essa rede de informação, chamada de Sistema Integrado de Radiocomunicação Crítica Estadual, possui 74 estações em todo o território fluminense.

“Os rádios também são úteis em situações de acidentes naturais, facilitando a rápida tomada de decisões e um melhor acompanhamento nas operações de resgate. Torna-se um grande diferencial em um momento trágico. Este apoio diminui a tensão da situação” disse o subsecretário de Comando e Controle, Rodrigo Alves.

Expansão

Vinte e nove municípios têm acordos de cooperação técnica, sendo que 18, a maioria da Região Metropolitana e do Médio Paraíba já opera a rede: Rio (que utiliza rádios próprios); Niterói; São Gonçalo; Itaboraí; Caxias; Nova Iguaçu; Nilópolis; São João Meriti; Mesquita; Mangaratiba; Volta Redonda; Barra Mansa; Resende; Itatiaia; Porto Real; Quatis; Piraí; e Campos dos Goytacazes. Os demais aguardam os equipamentos, treinamento e outros procedimentos para a efetiva utilização dos rádios: Maricá; Tanguá; Rio Bonito; Cachoeiras de Macacu; Silva Jardim; Paraíba do Sul; Miguel Pereira; Angra dos Reis; Paraty; Barra do Piraí; e Valença. 

“Planejamos ainda expandir a rede para o Norte e o Noroeste. A ideia é que todos os municípios participem”, afirmou o superintendente de Comunicações Críticas, Alexandre Corval.

Equipes são capacitadas para utilizar os equipamentos

A frequência dos radiotransmissores é monitorada 24 horas por dia. Para operá-los, as equipes passam por um treinamento em uma plataforma de ensino a distância, desenvolvido pela Secretaria de Segurança. A capacitação é feita por 32 vídeos, que podem ser acessados até em um smartphone, além do material didático impresso. Com cerca de 20 horas/aula de dedicação, os agentes estão aptos a operar na frequência da segurança.

“A Anatel estabelece um conjunto de frequências para esse tipo de rede de segurança pública, que por ser encriptada, não tem como ser invadida por outros aparelhos. Com a regulamentação da Anatel, o Estado investiu nesse sistema a partir das Olimpíadas, firmando parcerias como legado do investimento olímpico”, afirmou o superintendente de Comunicações Críticas, Alexandre Corval.

Entregas

O Novo Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) foi a última instituição a receber os aparelhos. Foram 75 rádios, que ajudarão nas 25 unidades do estado, sendo oito de internação e 17 de semiliberdade. No total, o Degase tem 2 mil adolescentes infratores.

“O equipamento é um ganho relevante para a instituição. Nossos agentes não contam com armamentos. A possibilidade de operar um equipamento ligado a uma rede melhora a segurança e até a autoestima dos nossos servidores”, ressaltou o subdiretor do departamento, Sylvio Castro.

Para o subsecretário de Comando e Controle, Rodrigo Alves, quanto mais integradas forem as forças de segurança, melhor. “O mais importante nesta parceria com o Novo Degase é que é a instituição responsável pela aplicação das medidas socioeducativas impostas pela Justiça aos menores infratores, transportando-os para audiências ou circulando entre unidades. Então, é muito importante que eles façam parte desse sistema. Com todas essas agências trabalhando no mesmo canal, há uma maior segurança. No final, prestamos o melhor serviço à sociedade”, explicou.