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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Seio da Mulher de Pedra é destruído em incêndio

Chamas atingiram principal acesso da montanha, localizada na área do Parque Estadual dos Três Picos

Tempo seco, dias quentes, falta de chuva e excesso de irresponsabilidade. Essa combinação tem gerado grandes prejuízos para a conservação ambiental e queda da qualidade de vida em Teresópolis: Somente no mês de setembro, isso até esta terça-feira, dia 17, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atuar em 32 ocorrências de incêndios florestais, sendo boa parte em áreas protegidas por lei. O caso mais recente teve início no final da tarde de ontem e “vitimou” um dos atrativos turísticos mais bonitos e icônicos da nossa região, a Mulher de Pedra. Com 2.040 metros de altitude, a formação que lembra uma mulher deitada com seu seio em destaque, localizada nos limites do Parque Estadual dos Três Picos, sofreu grande destruição por conta das chamas, tudo indica mais uma vez criminosas. Até o fechamento desta edição, o fogo não havia sido controlado por conta do difícil acesso para os homens responsáveis por tentar diminuir os danos causados diretamente para fauna e flora. Bombeiros do 16º GBM e do Destacamento de Bonsucesso foram enviados para o local, encontrando pela frente uma missão bastante difícil. Equipe de Guarda Parques do INEA também deslocada para auxiliar na complicada ação.
A principal trilha que leva ao cume da montanha já é naturalmente complicada, diante do grande desnível e condições do terreno. Soma-se a isso enormes chamas na seca vegetação e animais peçonhentos tentando escapar da morte, por exemplo, para que o trabalho dos Bombeiros fique ainda mais complicado. Além da crista onde fica o acesso da Mulher de Pedra, o fogo atingiu um grande vale com escarpas que não podem ser acessadas pelos combatentes, local onde geralmente é utilizado o serviço da aeronave do Corpo de Bombeiros. Esse foi um dos vários incêndios registrados na região do Terceiro Distrito de Teresópolis nos últimos dias. No domingo, uma grande área foi destruída na localidade de Vieira, também em região vizinha ao PETP. Somente de sábado até ontem, foram nove chamadas para o telefone 193.

Todo mundo perde
Geralmente o fogo tem início em margens de estradas ou propriedades vizinhas a florestas e encostas, tomando posteriormente locais de difícil acesso e consequentemente proporções quase que incontroláveis. Além do óbvio prejuízo à fauna e flora, os incêndios florestais podem gerar outros problemas que afetam diretamente o homem, como a supressão de nascentes e o aumento considerável do risco de escorregamentos de terra. Sem a proteção do solo, quando chega o período de chuvas fortes aumentam as possibilidades de deslizamentos. Incendiar as florestas é crime contra o meio ambiente, contra as pessoas e as espécies animas e vegetais. As leis que falam sobre isto são: Código Florestal (Lei Federal nº 12.651, de 25 maio de 2012), Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), Lei Estadual nº 3.467, de 14 de setembro de 2000.

Força-tarefa do CBMERJ
Uma força-tarefa formada por militares do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro e brigadistas do ICMBio/IBAMA e Guarda Parques do INEA tem atuado na Região Serrana para combater focos de incêndios em áreas verdes e de preservação. Chamada de operação Extinctus, a ação, que conta com o suporte de viaturas e de duas aeronaves, já utilizou mais de 50 mil litros de água no combate aos focos que atingiram os municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. O tempo seco tem ampliado os riscos de incêndio nas matas. – Embora a corporação não apure as causas das ocorrências, o que é feito por órgão policial por meio de perícia técnica, a experiência dos militares aponta para incêndios causados por queimadas ilegais (renovação de pastagens, vandalismo, queima de "limpeza" e queda de balões). Os principais danos são as perdas da flora e fauna naturais do Estado do Rio de Janeiro – explica o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, coronel Roberto Robadey Jr.
Os focos de incêndio em vegetação são mais comuns quando há conjunção de fatores como baixa precipitação, pouca umidade do ar e altas temperaturas. A população pode ajudar a prevenir este tipo de ocorrência ao evitar acender fogueiras, queimar lixo no quintal, soltar balões, jogar pontas de cigarro em qualquer ambiente, principalmente, nas estradas próximas à vegetação, e jogar garrafas de vidro em áreas florestais e em beira de estrada. Elas funcionam como lente de aumento para os raios solares, gerando calor. Quem provoca incêndio está sujeito a pagar multas altas ou até mesmo ser preso, dependendo das consequências dos seus atos. O crime deve ser denunciado pelo telefone da Policia Militar (190).

 

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Edição 28/03/2024
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