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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Tecnologia, uma aliada para manter o público dos museus fluminenses

Com restrições previstas pela pandemia, exposições virtuais ganham força no estado do Rio

A tecnologia tornou-se uma aliada para renovar a forma de fazer e ver arte. Os museus do estado enfrentaram inúmeros desafios, mas mostraram que é possível manter o público investindo em conteúdos durante esse período de pandemia com atividades presenciais suspensas para evitar aglomerações.  Um dos exemplos é a mostra “Buscadores: a vitalidade da arte”, dos artistas Bruno Schmidt e Roberto Barciela. A exposição, que levou mais de mil pessoas à galeria da Casa de Cultura Laura Alvim, espaço da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), pode ser vista no canal da Fundação no YouTube. O público pode fazer a visita guiada à mostra, ciceroneada pela curadora Paloma Carvalho, pelo link: tinyurl.com/FUNBUSCA. A mesma curadora conduz uma conversa com os artistas sobre os trabalhos expostos na mostra: tinyurl.com/ENCBUSCA.

A exposição conta com 12 obras finalizadas antes e durante a pandemia. Os artistas compartilham o mesmo desejo pela arte, extraindo das ruas não só suporte físico, como também a inspiração. A dupla cria suas obras a partir de materiais do cotidiano – uma espécie de garimpo urbano, que ganham outro significado: resíduos sólidos que mostram o sentimento do poder transformatório.
A superintendente de Museus e coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Lucienne Figueiredo, fala sobre essa nova perspectiva no setor. – As exposições virtuais já são uma prática nos museus pelo mundo inteiro. Aqui no Brasil, apesar de não termos as mesmas condições dos países desenvolvidos, muitos museus já trabalhavam a digitalização de seus acervos, o que permitiu que as peças fossem incluídas em exposições on-line. O Museu Histórico Nacional e o Museu de Petrópolis, por exemplo, já promoviam mostras nesse formato. Com a pandemia, os museus de forma geral começaram a se empenhar nessa possibilidade de manter o público em contato com o acervo. Claro que não há nada que substitua a visita presencial, mas a exposição virtual também tem seu encantamento. Uma coisa não exclui a outra, são duas experiências – destacou.
A superintendente de Museus acredita que a opção da visita virtual é uma tendência que veio para ficar. – Acredito que praticamente todos os museus do estado avançaram bastante nesse quesito. É uma vertente que veio para ficar, mesmo depois do fim da pandemia. Afinal, uma coisa não exclui a outra. A experiência de ver uma exposição pessoalmente é insubstituível, mas a internet facilita a difusão das informações para os lugares mais distantes, desde que feita com qualidade técnica. O Museu Histórico de Campos, a Casa do Colono, em Petrópolis, e o Museu de Astronomia do Rio são exemplos de instituições que criaram belas exposições virtuais – disse Lucienne.

Superintendência de Museus
A função da Superintendência de Museus da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio (Secec) é prestar auxílio e assessoramento aos museus do Estado do Rio. Ao mesmo tempo, é o setor da Secec responsável pela formulação das políticas para os equipamentos culturais que lidam com acervos, patrimônios e memória. – Grande parte das nossas atividades é fruto de demandas espontâneas das instituições públicas ou privadas que nos chegam, principalmente pedindo orientações. Mas também atuamos formulando diretrizes para os museus fluminenses e criando instrumentos para a capacitação do corpo técnico desses lugares, como oficinas, seminários e fóruns. Estamos alinhados com a Política Nacional de Museus, gerida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) – esclareceu Lucienne Figueiredo. A Superintendência está organizando o V Fórum de Museus do Estado do Rio de Janeiro, que será realizado em setembro, para discutir os desafios que a pandemia trouxe para os museus e o aprimoramento técnico do setor.

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Edição 02/05/2024
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