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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis registrou 273 casos de Chikungunya em 2019

Apesar do crescimento em relação ao ano anterior, combate ao Aedes aegypti evitou situação ainda pior

Os casos de Chikungunya em Teresópolis atingiram neste ano a marca de 273 notificações, o maior índice já averiguado no município, de acordo com dados do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. A doença foi a única das arboviroses que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti que teve esse crescimento expressivo e demonstra a necessidade de se combater a proliferação do inseto. Ainda segundo informações do órgão, os bairros com maior população são os locais mais preocupantes, como na Quinta-Lebrão, onde a maior parte dos casos foi registrada.
A Drª Enéia Martuchelli, subsecretária de Atenção Básica à Saúde, avaliou que, mesmo com o aumento de casos de Chikungunia, a taxa de incidência está dentro do que era imaginado que poderia ocorrer, mas ainda assim abaixo do esperado que era uma epidemia de arboviroses. Ela conversou com nossa reportagem e revelou o balanço das notificações até o dia 20/12.

Avaliação dos números
“Nós tivemos um crescimento expressivo de Chikungunya, uma das arboviroses que são transmitidas prioritariamente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. As arboviroes mais comuns são a Dengue, Chikungunya, Zika e Febre amarela. Com relação à febre amarela, tivemos a vacina que atingiu uma cobertura superior a 100% do público alvo, em relação à Dengue, tivemos uma contenção do avanço da doença na cidade, tivemos 30 casos em 2018 e agora em 2019 foram 33 casos, então conseguimos manter um controle. Esperávamos ter uma epidemia de Dengue tipo II, mas não aconteceu. Em 2018 tivemos em torno de 40 casos de Chikungunya e neste ano foram 273 casos, um aumento muito expressivo, mas nem tanto quanto a gente esperava, que era de até 3000%, mas não aconteceu. Já o Zica vírus foram apenas quatro casos, sendo um em gestante”. 

Localidades com mais registros
“Os bairros mais acometidos são aqueles com maior aglomeração urbana, então a Quinta-Lebrão ainda tem um risco grande, mesmo tendo havido uma ação da comunidade para a limpeza daquela região, o Bairro de São Pedro e a Barra do Imbuí são preocupantes. Não significa que outros bairros da cidade também não tenham risco”.

Importância da prevenção
“Essas doenças não tem tratamento, então a prevenção é essencial e ela depende não só do poder público, mas de toda a população. Tem a campanha dos 10 minutos por dia para cuidar da sua saúde: olhar pratos de planta, virá-los ou colar borra de café ou areia, verificar caixas d’água, verificar lixo e conversar com seus vizinhos”. 

Ações de combate
“A Secretaria colocou um agente de controle de arboviroses em cada unidade de saúde que trabalha junto aos agentes comunitários, então se tiver um terreno baldio, um ferro velho próxima da sua casa, pode comunicar ao agente de saúde que vai acionar a equipe para ir até o local tomar a iniciativa de limpar o terreno ou cobrar que o proprietário o faça”.

Sintomas das doenças
“Os sintomas são muito relacionados, nas quatro doenças são muito semelhantes: febre alta, dor nas articulações, dor retrocular, manchas na pele, pode ocorrer dor abdominal, vômito, diarreia, são quadros muito inespecíficos, mas história de uma pessoa vizinha ou um conhecido com os mesmos sintomas pode acender a luz de alerta nesse período de verão. É muito importante que as pessoas procurem os serviços de saúde, qualquer unidade básica mesmo não morando próximo dela. Em algumas das unidades nós temos o teste rápido para dengue e Chikungunya e quando não há, é colhida a sorologia para termos um resultado em até 20 dias”. 

Dicas de prevenção
1 – Coloque areia no prato dos vasos de plantas; 2 – Mantenha os ralos limpos jogando água sanitária ou desinfetante semanalmente. Se não for utilizá-los, mantenha-os vedados; 3 – Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc; 4 – Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana. Não jogue lixo em terrenos baldios; 5 – Lave, principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água, como jarras, garrafas, potes, baldes etc; 6 – Troque diariamente a água dos bebedouros de animais e aves e limpe-os com escova ou bucha; 7 – Depressões de terreno também são possíveis poças de água parada. Preencha-os com areia ou pó de pedra; 8 – Mantenha caixas d’água, cisternas, tonéis e outros depósitos de água sempre bem fechados, com a tampa adequada, para impedir a entrada do mosquito; 9 – Mantenha pneus sem água, em local coberto e abrigados da chuva; 10 – Garrafas vazias devem ficar sempre de cabeça para baixo e em local coberto; 11 – Limpe constantemente as calhas, remova tudo que possa impedir a passagem da água, a laje e a piscina de sua casa; 12 – Mantenha as bromélias tratadas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando, no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas.

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Edição 24/04/2024
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