Anderson Duarte

A importante missão de comparecer às urnas e assim ajudar a mudar o rumo do país é a responsabilidade de 129.405 teresopolitanos no próximo dia 7 de outubro. Assim como aconteceu quando experimentamos uma inédita disputa suplementar, ainda este ano, os cidadãos teresopolitanos precisarão eleger um novo Presidente da República, dois Senadores, nosso novo Governador, Deputados federais e estaduais. A tarefa é difícil e só será possível para aqueles que estão em dia com a Justiça Eleitoral. Nesta quarta-feira o número oficial de eleitores foi anunciado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz Fux. Além de um ligeiro aumento no número de aptos ao voto, Teresópolis também apresentou a maior parte do eleitorado no gênero feminino, e também dez cidadãos que vão ser reconhecidos nas suas sessões por seus nomes sociais.
As informações são oriundas do Cadastro Eleitoral, que é o banco de dados oficial sobre o eleitorado brasileiro, e referem-se às estatísticas auditadas até o final de julho após o fechamento do cadastro, no dia 9 de maio. De acordo com os dados divulgados, somos 129.405 eleitores aptos a votar, sendo desse universo apenas 31.252, (24,15%) com o cadastro biométrico em dia e válido. A diferença em relação ao último pleito enfrentado pela cidade se dá pelo fato destas informações dizerem respeito aos cidadãos brasileiros aptos a votar no pleito ordinário deste ano. Segundo o TSE, em todo o país, mais de um milhão e quatrocentos mil eleitores não poderão votar nem se candidatar por estarem com os direitos políticos suspensos.

– Mais eleitores e maioria feminina entre votantes 

Assim como se deu no levantamento nacional, as estatísticas da Justiça Eleitoral mostram que houve um ligeiro aumento do eleitorado em relação às últimas eleições gerais realizadas no país, em 2014. Naquele ano, pouco mais de 120 mil teresopolitanos estavam em condição de votar. E assim como a média nacional, nossa cidade também está nas mãos de uma maioria feminina, afinal, segundo dados do Cadastro Eleitoral, a maior parte do eleitorado brasileiro pertence ao gênero feminino. Ao todo, são 77.337.918 eleitoras, o que representa 52,5% do total. Já o gênero masculino reúne 69.901.035 cidadãos, representando 47,5% do eleitorado. Aqui em Teresópolis, elas são 53%, ligeiramente acima da média nacional, mas da mesma forma que em todo o território nacional, apesar de serem minoria entre os eleitores, são os homens que ocupam a maior parte dos cargos em disputa.
Outro dado muito interessante é que pela primeira vez, eleitores transexuais e travestis terão seu nome social impresso no título de eleitor e no caderno de votação das Eleições 2018. Nome social é aquele que designa o nome pelo qual o transexual ou travesti é socialmente reconhecido. A possibilidade da auto identificação foi aprovada pelo Plenário do TSE no dia 1º de março deste ano. Ao todo, 6.280 pessoas fizeram essa escolha ao se registrar ou atualizar seus dados na Justiça Eleitoral. Foram feitos 1.805 pedidos em São Paulo, 647 em Minas Gerais e 426 no Rio de Janeiro, os maiores colégios eleitorais do país. No exterior, cinco eleitores brasileiros também optaram por usar o nome social e aqui em nosso município serão dez teresopolitanos identificados pelos seus nomes sociais.

– Eleitorado mais experiente, mas ainda com pouca escolaridade

De acordo com as estatísticas da Justiça Eleitoral, a faixa etária com o maior quantitativo de eleitores é a que reúne cidadãos entre 45 e 59 anos de idade. Eles somam 35.742.439 brasileiros, o que corresponde a 24,26% do eleitorado nacional. Em seguida, estão os eleitores de 25 a 34 anos, que reúnem 31.149.869 pessoas. Os jovens de 16 e 17 anos, cujo voto é opcional, representam 0,95% do eleitorado em 2018, num total de 1.400.617 pessoas. Os dados apontam uma redução de 14,53% no número de jovens eleitores, uma vez que, em 2014, foram registrados 1.638.751 eleitores nessa faixa etária. Quanto a biometria, outra preocupação do Tribunal, o número de eleitores identificados com a tecnologia aqui em Teresópolis, também cresceu. São 31.252 votantes com a biometria apta. A evolução é resultado de ações da Justiça Eleitoral para identificar 100% dos eleitores por meio da impressão digital até 2022. A medida visa prevenir fraudes e tornar as eleições brasileiras ainda mais seguras, impedindo que um eleitor tente se passar por outro no momento do voto.
Já os dados referentes ao nível de instrução mostram que a maior parte do eleitorado com registro na Justiça Eleitoral possui ensino fundamental incompleto. Aqui em Teresópolis são 32,03% que declararam ter essa escolaridade. Outros 19,26% afirmaram não ter concluído o ensino médio, enquanto 15,51% já concluíram e que apenas Lê e Escreve, 9,88% do eleitorado teresopolitano. Com ensino fundamental completo são 7,23%; e analfabetos declarados 4,02%. Já os eleitores com ensino superior completo somam 7,66% dos cidadãos, enquanto os que não completaram o ensino superior, 4,26%, segundo a base de dados do Cadastro Eleitoral. Ainda de acordo com o TSE, todas essas estatísticas precisam ser vistas com relatividade, uma vez que a informação reflete a escolaridade declarada pelo cidadão no momento do registro eleitoral ou da atualização de seus dados cadastrais.
As estatísticas também revelam que 62,8% dos nossos eleitores teresopolitanos estavam solteiros no momento do registro, ou da atualização do cadastro eleitoral, enquanto que 29,7% se declararam casados. Ao todo, 940.613 eleitores declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida em todo o país. São cidadãos que comumente precisam de atendimento especial no dia da votação e podem votar em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral. São 386 teresopolitanos nesta situação, e o prazo para solicitar transferência para uma seção com acesso facilitado termina no dia 23 de agosto e todos os dados podem ser consultas na página de Estatísticas do TSE, na aba Eleições 2018.