Assim como a agricultura familiar e orgânica fascinou a jovem Gabrielle Fagundes desde criança, o cinema entrou em sua vida no ano passado, após uma oficina da Embrapa, em parceria com a AAT- Associação Agroecológica de Teresópolis. Na ocasião, Gabrielle, de 18 anos, filmou a instalação de fossa séptica biodigestora no sítio onde mora, Sítio 21, em Santa Rita. A filmagem resultou no documentário “Fossa Séptica Biodigestora”, que concorre ao festival de Cinema de Teresópolis 2017 e será mostrado nesta quinta-feira (14), às 10h, na Casa de Cultura, onde a competição se realiza. A premiação do festival está programada para sexta-feira, às 19h, com entrega de prêmios.
A jovem cineasta cursa o 3ª ano do ensino médio, na escola Municipal Hygino Silveira e não ficou somente na categoria de documentário. Sua paixão pelas artes, especialmente pelo cinema, inspirou uma história de ficção, cujo roteiro ela própria escreveu e fez o papel de atriz. O filme, “Gabrielle e o sumiço de tia Seli” passa nesta sexta-feira (15), às 10h, na Casa de Cultura.
Afora estudante e jovem cineasta, em seu dia a dia, Gabrielle participa do cultivo de alimentos orgânicos com sua família, associada da AAT. Ela também faz artesanato e vende alimentos e suas criações artesanais na Feira Orgânica aos sábados. Sua família tem um plantio bastante diversificado e vende processados orgânicos, tais como bolos, geleias e biscoitos.
Participantes da AAT, todos os familiares de Gabrielle são muito atuantes e sempre estão presentes nas oficinas promovidas pela Associação, bem como disponibilizam o Sítio 21 para a realização de oficinas, cursos, mutirões e se revezam em grupos de trabalho da AAT.
Fossa Séptica Biodigestora
A instalação da fossa séptica biodigestora vem sendo incentivada pela Associação Agroecológica de Teresópolis para substituir as fossas tradicionais, que são potenciais contaminadores do solo. Além de tratar o esgoto de banheiro, as fossas biodigestoras são ideias para área rural pela eficiência, produção de efluente que pode ser usado na agricultura como fertilizante de alta qualidade e também pelo baixo custo. Essa tecnologia de cunho social foi por premiada em 2003 pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Em Teresópolis, uma parceria com a Embrapa possibilitou uma oficina no Sítio 21, onde foi passada a teoria e a prática para a instalação.